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MEIO AMBIENTE

VÍDEO: Imagens de rotina animal vão passar por perícia após ataque de onça no Pantanal

Vídeos analisam comportamento do felino e podem confirmar prática ilegal de alimentação artificial para atrair animais silvestres

24 abril 2025 - 12h20Carlos Guilherme
Onça-pintada capturada no Pantanal será avaliada por veterinários após ataque a caseiro; vídeos da fazenda estão em análise pericial
Onça-pintada capturada no Pantanal será avaliada por veterinários após ataque a caseiro; vídeos da fazenda estão em análise pericial - (Foto: Reprodução)

Perícia técnica deve analisar nas próximas horas vídeos captados por câmeras de segurança que mostram a rotina de animais silvestres na fazenda onde um caseiro foi atacado e morto por uma onça-pintada, em Aquidauana, no Pantanal sul-mato-grossense. A onça foi capturada na madrugada desta quinta-feira (24), e agora está sob monitoramento veterinário.

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Segundo o Governo de Mato Grosso do Sul, o material audiovisual pode ajudar a esclarecer o comportamento do felino antes do ataque, além de levantar indícios da prática de ceva — uso de alimentos para atrair animais —, que é crime ambiental e pode provocar alterações no comportamento da fauna.

“Existem evidências de que havia oferta de comida para atrair os animais. Isso altera seu instinto natural e aumenta o risco de ataques”, afirmou o coronel José Carlos Rodrigues, comandante da Polícia Militar Ambiental (PMA).

A onça capturada está sendo monitorada quanto a sinais vitais como frequência cardíaca e temperatura corporal. O animal de pouco mais de 90 kg, foi levado ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), onde passará por avaliações clínicas e comportamentais.

A depender do resultado da perícia e da análise dos veterinários, a onça poderá ser devolvida à natureza ou encaminhada para outra forma de manejo.

O caso ocorreu na última segunda-feira (21), na região conhecida como Touro Morto. O caseiro Jorge Ávalo, 60, foi encontrado sem vida nas margens do Rio Miranda, com sinais de ataque por felino de grande porte.

A captura ocorreu após dias de monitoramento em uma área de mata próxima à propriedade rural onde ocorreu o ataque. A operação envolveu biólogos, veterinários e agentes ambientais que atuaram com base em armadilhas fotográficas e rastreamento por pegadas.

Para garantir a segurança do animal e das equipes envolvidas no processo de reabilitação, o CRAS ficará temporariamente isolado. A entrada de pessoas não autorizadas está proibida, segundo informou a direção do centro. O objetivo é assegurar que o felino passe por um período de avaliação sem interferências externas.

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