
Durante a 30ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, será inaugurada a Trilha Amazônia Atlântica, a maior da América Latina, com quase 460 km de extensão, atravessando o estado do Pará.

A trilha está em fase final de estruturação e sinalização e faz parte de um conjunto de ações do governo brasileiro que buscam conciliar conservação ambiental, geração de emprego e renda e lazer. No primeiro ano, a expectativa é que 10 mil pessoas percorram o trajeto, seja a pé ou de bicicleta.
O percurso conecta sete unidades de conservação, incluindo reservas extrativistas, áreas de proteção ambiental, refúgios de vida silvestre e parques estaduais. Além disso, passa por seis territórios quilombolas, permitindo aos visitantes conhecer a cultura e o modo de vida das comunidades locais.
A rota integra trechos já utilizados por aventureiros, mas agora pode ser feita completo, oferecendo mapas, sinalização e apoio de moradores, prestadores de serviços locais e pequenos empreendedores capacitados. Pelo aplicativo eTrilhas, os visitantes podem consultar e contatar diretamente os prestadores de serviços nas proximidades.
O traçado foi planejado para minimizar impactos ambientais, garantindo a circulação da fauna e fortalecendo corredores florestais entre as unidades de conservação. Segundo Pedro Cunha e Menezes, diretor do Departamento de Áreas Protegidas do MMA, a trilha contribui tanto para o turismo quanto para a migração de animais na região.
O percurso permite o contato com populações extrativistas, coletores de caranguejo, agricultores, pescadores e áreas naturais como florestas, manguezais e campinas. Ao todo, 18 municípios do Pará integram a trilha, incluindo Belém, Bragança, Santa Isabel do Pará, Castanhal e Tracuateua.
O projeto é resultado da colaboração entre comunidades tradicionais, voluntários, ministérios do Meio Ambiente e do Turismo, Embratur, ICMBio, Ideflor-Bio e Conservação Internacional, fortalecendo a preservação ambiental e o turismo sustentável na Amazônia.
