
O Sesi Mato Grosso do Sul desenvolveu uma solução que une tecnologia, sustentabilidade e saúde para medir o impacto ambiental de um ato cotidiano: o deslocamento até uma unidade básica de saúde. O projeto, batizado de “Pegada Sesi: da medição à ação por uma saúde com menos carbono”, será apresentado em novembro, durante a COP30, conferência das Nações Unidas sobre o clima, que ocorrerá em Belém (PA).

A iniciativa é do Centro de Inovação Sesi (CIS) e combina um aplicativo e uma ferramenta de realidade virtual. Segundo o engenheiro Jonas Balbinoti, líder de projetos do CIS, o objetivo é mostrar, de forma simples e visual, o quanto de carbono é emitido em diferentes meios de transporte. “Com óculos de realidade virtual, o usuário poderá simular o trajeto até uma unidade de saúde de carro, ônibus ou moto e acompanhar em tempo real a emissão de carbono”, explica Balbinoti.
Após a simulação, o sistema oferece dicas para compensar as emissões, como reduzir o consumo de carne, reciclar materiais ou plantar árvores — atitudes que ajudam a diminuir o impacto ambiental individual.

O aplicativo também disponibiliza a localização de todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) do país, permitindo calcular emissões com base em trajetos reais. Para o gerente do CIS, Guilherme Duarte Jafar, o projeto é um instrumento educativo e de conscientização ambiental. “A proposta é mostrar que pequenas mudanças no dia a dia podem gerar grandes resultados”, afirma.
Com investimento de R$ 480 mil, o projeto tem duração de seis meses e está em fase de testes antes da apresentação oficial na COP30. Em seguida, a solução será aplicada em ambientes industriais, conforme o edital de inovação que viabilizou o desenvolvimento. A Eldorado Florestal será a parceira responsável por testar o projeto-piloto.
