
O verão começou oficialmente ontem (21) no Hemisfério Sul e, em Mato Grosso do Sul, a previsão é de um período marcado por chuvas irregulares e calor acima da média, segundo boletim do Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), ligado à Semadesc.
Os técnicos apontam que os volumes de chuva, entre dezembro e março, devem oscilar em torno da média histórica, podendo ficar um pouco acima ou abaixo do padrão dos últimos 30 anos, enquanto as temperaturas tendem a se manter ligeiramente elevadas em todo o Estado.
Com base na climatologia das últimas três décadas, o acumulado de chuva no verão costuma variar entre 400 e 600 milímetros na maior parte de MS, chegando a 500 a 700 milímetros no extremo nordeste, em municípios como Costa Rica e Chapadão do Sul. Para o verão 2025/2026, a projeção é de que os totais de precipitação fiquem próximos a esses valores, mas distribuídos de forma irregular, com alternância entre períodos mais secos e dias de pancadas intensas.
Os meteorologistas lembram que são comuns as chamadas “chuvas de verão”, de curta duração e forte intensidade, que podem evoluir para tempestades com raios, rajadas de vento e, ocasionalmente, granizo.

Em relação às temperaturas, as médias históricas para o trimestre de janeiro a março ficam entre 24°C e 26°C em boa parte do Estado, chegando a 26°C a 28°C nas regiões Noroeste e Nordeste, e caindo para 22°C a 24°C no extremo sul.
A previsão para este verão é de valores ligeiramente acima dessas médias, o que favorece períodos mais quentes, principalmente em dias com pouca nebulosidade e sem chuva. Esse cenário está ligado à maior incidência de radiação solar típica da estação, que aumenta a evaporação, a umidade disponível na atmosfera e, consequentemente, a formação de nuvens carregadas.
Os dados de dezembro já mostram esse padrão irregular. Na primeira quinzena do mês, apenas três pontos monitorados pelo Cemtec/MS registraram chuva acima da média: Mundo Novo (326,4 mm contra 179,9 mm esperados), Sete Quedas (254,2 mm frente à média de 178,8 mm) e Três Lagoas (233,4 mm, acima dos 191,3 mm históricos). Em Campo Grande, Bela Vista e Ponta Porã, os acumulados ficaram apenas ligeiramente acima da média, com diferença pequena (7 mm na Capital e 1 mm nas outras duas cidades). Nos demais 44 pontos de monitoramento, os volumes ficaram abaixo do esperado, com destaque para Chapadão do Sul, onde choveu somente cerca de 20% do previsto para o período entre 1º e 15 de dezembro.

