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13 de outubro de 2025 - 18h26
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MEIO AMBIENTE

Pré-COP reúne 67 países em Brasília e reforça união global para acelerar ações climáticas

Evento preparatório para a COP30 destaca a importância da cooperação internacional e apresenta propostas para fortalecer o multilateralismo e ampliar o financiamento verde

13 outubro 2025 - 15h00Agência Brasil
Evento preparatório tem negociadores de 67 países
Evento preparatório tem negociadores de 67 países - Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/AB

Pré-COP, encontro preparatório para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), começou nesta segunda-feira (13) em Brasília, reunindo representantes de 67 países. A cerimônia de abertura contou com discursos que destacaram a urgência de transformar compromissos ambientais em medidas efetivas e de fortalecer a cooperação internacional.

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O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, abriu o evento pedindo que as nações passem das palavras às ações. Ele propôs três eixos para orientar os debates: o reforço do multilateralismo, a conexão das políticas climáticas à vida cotidiana e a aceleração da implementação do Acordo de Paris.

“Convoco a todos a compartilharem essa preocupação ambiental e esse amor ao próximo não apenas em discursos, mas em ações concretas, como legado para as futuras gerações”, afirmou Alckmin.

Geraldo Alckmin destacou a importância do esforço entre os países para avançar a uma etapa de implementação das ações climáticas.-(Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/AB)

O secretário-executivo da Convenção do Clima da ONU (UNFCCC), Simon Stiell, também ressaltou a importância da união global, independentemente de diferenças políticas. “A estrada para Belém é curta, mas com vastas possibilidades. Vamos fazer cada hora de trabalho contar”, disse, em referência à cidade que sediará a COP30 em novembro.

Quatro frentes de liderança orientam a agenda da COP30

A COP30 adota uma estrutura de quatro círculos de liderança — Presidentes da COP, Ministros das Finanças, Povos e Balanço Ético Global — para conduzir os temas prioritários das negociações.

O ex-ministro francês Laurent Fabius, líder do Círculo dos Presidentes, destacou quatro princípios centrais para orientar os trabalhos: inspiração, implementação, inclusão e inovação. Segundo ele, a inspiração do Acordo de Paris deve guiar a execução das metas de redução do aquecimento global, com ampla participação de comunidades indígenas, afrodescendentes e setores da sociedade civil.

“A ciência e a educação são fundamentais para combater a desinformação e fortalecer a justiça climática”, afirmou Fabius.

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, apresentou os avanços no Círculo dos Povos, destacando a maior inclusão dos indígenas nas negociações internacionais. Segundo ela, mais de 3 mil representantes indígenas devem participar da Aldeia COP, levando pautas sobre demarcação de territórios e financiamento direto para ações climáticas.

No Círculo dos Ministros das Finanças, o ministro Fernando Haddad defendeu a ampliação dos recursos destinados aos países em desenvolvimento. Entre as prioridades estão o fortalecimento de fundos climáticos, a reforma dos bancos multilaterais e o incentivo a investimentos sustentáveis. Haddad também anunciou que o relatório final do grupo será apresentado em Washington e posteriormente enviado à presidência da COP em Belém.

Já a ministra Marina Silva, que lidera o Balanço Ético Global, relatou a realização de diálogos regionais em todos os continentes, reunindo mais de 3,7 mil participantes. Para ela, as discussões ampliam a visão sobre o clima ao incluir dimensões culturais, sociais e éticas.

“A transição necessária é técnica, mas também de valores humanos. Que a COP30 seja um novo marco histórico do multilateralismo climático”, destacou.

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