
Ontem (21), os trabalhos do militares do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul chegaram no centésimo décimo primeiro dia de operação no combate aos incêndios no Pantanal Sul-Mato-Grossense. São sete focos ativos, todos detectados por meio de monitoramento por satélites. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (22) pelo Governo do Estado.
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Na região Rabicho, próxima ao Rio Paraguai, foram confeccionados aceiros em uma fazenda e realizados combates em solo aos focos na área de adestramento da Marinha do Brasil. Uma linha de fogo de aproximadamente 4 km se desloca em direção ao Porto da Manga, margeando o Rio Paraguai e a Estrada Parque MS-228. Devido à gravidade do incêndio, os bombeiros estão em intervenção.
Ao nordeste do Pantanal, na região do Paiaguás, se mantém o combate aos focos de incêndio ativos, com vigilância constante e patrulhas terrestres frequentes, garantindo uma resposta rápida.
Animais sobrevivem no Pantanal em meio aos incêndios - (Foto: Divulgação)
Em Maracangalha, uma equipe realizou ações de reconhecimento e combate aos pontos de calor detectados na região. Devido à dificuldade de acesso por terra, o mapeamento inicial foi feito com drones, e o combate ocorreu ontem mesmo. A área permanece sob monitoramento contínuo.
Próximo a Bonito, foram feitas ações de reconhecimento e monitoramento, incluindo a criação de aceiros com apoio de funcionários e maquinários locais. Alguns pontos de calor identificados foram apenas resquícios de fumaça, não necessitando combate direto.
Em Coxim, a equipe se deslocou para uma área próxima ao KM 160 da BR-359, onde focos de incêndio estavam sendo combatidos por funcionários locais com tratores e caminhão-pipa. A intervenção dos bombeiros utilizou sopradores e pinga-fogo, confinando a área queimada em cerca de 20 hectares.
Desde o início do ano até 16 de julho, quase 593 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense, representando 6% dos 9 milhões de hectares da região. Este valor é 147% maior que o registrado no mesmo período de 2020, até então a pior temporada de incêndios.
Os focos de calor detectados por satélite chegaram a 3.099 até 16 de julho, um aumento de 38,7% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram registrados 2.235 focos.

