
Continua nesta segunda-feira (9) a operação de combate aos incêndios florestais no Pantanal e outras regiões de Mato Grosso do Sul continua intensa, com focos em várias localidades do Estado, agravados pela estiagem e pelas altas temperaturas.

Equipes de combate aos incêndios enfrentam focos ativos em áreas como São Gabriel do Oeste, onde o fogo está confinado na região de serra, e em Água Clara, onde a preocupação é maior devido à presença de eucaliptos. A região de Miranda também está em situação crítica, com três focos ativos agravados por fortes ventos que facilitam a propagação das chamas.
Saiba Mais
- MEIO AMBIENTE
Seca na Amazônia agrava incêndios no Pantanal, alerta coordenador do Prevfogo/MS
- DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Paulo Duarte contra o IBAMA: hidrovia ou isolamento no Pantanal?
- MEIO AMBIENTE
Incêndios no Pantanal de MS já atingem 1,7 milhão de hectares e mobilizam operações
- PANTANAL
Visita técnica de condutores do Bioparque ao Pantanal reforça conhecimento sobre o bioma
Em Corumbá, militares estão concentrados no combate aos focos em Paraguai Mirim e Porto Índio, próximo à fronteira com a Bolívia, enquanto o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, em Naviraí, enfrenta focos que ameaçam essa importante área de conservação biológica e cultural. A situação é monitorada por drones e satélites, além de contar com o suporte aéreo do Air Tractor do CBMMS.
As condições climáticas no Pantanal são extremamente desfavoráveis, com temperaturas que chegam a 40°C no norte do estado, baixa umidade relativa do ar, que alcançou apenas 10%, e ventos de até 53 km/h. A previsão para os próximos dias é de continuidade da estiagem, sem perspectiva de chuvas, o que aumenta o risco de novos incêndios e a dificuldade de controle das chamas.
A Operação Pantanal mobiliza um efetivo de 142 bombeiros de Mato Grosso do Sul e conta com o apoio de militares de estados do Conesul, além da Força Nacional de Segurança Pública, Marinha do Brasil, Exército e Força Aérea. Agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo também participam dos esforços, com uma frota de 44 veículos, incluindo aeronaves, caminhões e embarcações.
Impacto devastador - Desde o início de 2024 até 3 de setembro, foram queimados 1.979.300 hectares no Pantanal sul-mato-grossense, o que representa um aumento significativo em relação ao ano de 2020, quando foram destruídos 773,6 mil hectares. Os focos de calor detectados via satélite chegaram a 6.765, 41,2% a mais do que os 4.790 registrados em 2020. A estiagem atual, considerada a pior dos últimos 70 anos, contribui para a rápida propagação dos incêndios.
