bonito
SUSTENTABILIDADE

"Queremos carbono zero até 2030", diz Fiems após corte de CO com etanol

Em dez meses, entidade reduziu em 35% as emissões da sua frota e quer inspirar outras empresas a fazer o mesmo

6 março 2025 - 09h15Da redação
Em 10 meses, Sistema Fiems cortou 235,6 toneladas de CO ao usar etanol na frota flex
Em 10 meses, Sistema Fiems cortou 235,6 toneladas de CO ao usar etanol na frota flex - (Foto: Divulgação)
Terça da Carne

No mundo dos combustíveis, existe uma disputa silenciosa acontecendo debaixo dos capôs: de um lado, a gasolina, velha conhecida dos brasileiros. Do outro, o etanol, que já foi o queridinho do país nos anos 1980, depois perdeu espaço e agora está tentando recuperar o fôlego na corrida por um planeta mais limpo. Quem tomou partido nessa briga foi o Sistema Fiems, que desde março de 2024 decidiu que sua frota flex rodaria exclusivamente com etanol. Dez meses depois, os números apareceram: 235,6 toneladas de CO a menos na atmosfera, o equivalente a 35,32% de redução em relação ao uso de gasolina.

Canal WhatsApp

A mudança não aconteceu por acaso. Para Robson Del Casale, diretor de sustentabilidade da Fiems, o objetivo é claro: diminuir a pegada de carbono da instituição e, de quebra, incentivar outras empresas e indústrias a seguir o mesmo caminho. “Esta é uma determinação, é uma política do Sistema Fiems, da diretoria, do presidente Sérgio Longen, para que a gente possa envolver os colaboradores e a sociedade como um todo nesta política e nesse objetivo do carbono zero até 2030”, explicou.

A decisão de abastecer apenas com etanol trouxe vantagens além da redução nas emissões. O combustível, produzido a partir da cana-de-açúcar e do milho em Mato Grosso do Sul, fortalece a economia local e gera empregos. Enquanto a gasolina depende do petróleo, importado em grande parte, o etanol tem fabricação nacional, o que significa mais investimentos dentro do próprio estado.

De gota em gota, se faz a diferença - A redução de emissões foi calculada pela Coordenadoria de Patrimônio e Logística do Sistema Indústria, com apoio técnico da equipe do Senai. Saulo Siqueira, coordenador de logística da Fiems, explica que o resultado só foi possível porque houve um esforço coletivo. “Chegar a esses números foi possível graças ao uso de uma metodologia técnica bem estruturada. Participam da iniciativa os veículos flex de todas as unidades do Sistema Indústria no estado. Por isso, os resultados foram expressivos logo nos primeiros meses”, disse.

O etanol já provou que pode ser uma alternativa viável e acessível para reduzir a poluição. Se um único grupo empresarial conseguiu cortar mais de 200 toneladas de CO em menos de um ano, imagine o impacto se outras grandes frotas fizessem o mesmo. O desafio agora é convencer mais gente a trocar a gasolina pelo etanol. Se depender da Fiems, essa campanha já está nas ruas — e nos postos de combustível.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas