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MEIO AMBIENTE

Eldorado vai pagar R$ 13 milhões para ajudar o meio ambiente em MS com nova fábrica de celulose

Com aumento da produção em Três Lagoas, empresa firma acordo com o Governo e promete investir em ações sustentáveis no Estado

23 junho 2025 - 13h34Redação
Eldorado vai pagar R$ 13 milhões em compensações ambientais por nova fábrica em Três Lagoas; valor será investido em ações sustentáveis.
Eldorado vai pagar R$ 13 milhões em compensações ambientais por nova fábrica em Três Lagoas; valor será investido em ações sustentáveis. - (Foto: Divulgação)

A Eldorado Brasil Celulose fechou um acordo para pagar R$ 13,3 milhões em compensações ambientais ao Governo de Mato Grosso do Sul. O valor faz parte do processo para conseguir licença de instalação da nova linha de produção que será construída em Três Lagoas. A fábrica vai produzir mais celulose do que o previsto no início: o número subiu de 2,3 para 2,6 milhões de toneladas por ano.

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Esse aumento de produção exige mais cuidado com o meio ambiente. Por isso, a empresa acertou o pagamento da compensação com o Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), que vai aplicar o dinheiro em ações como proteção de áreas naturais, educação ambiental e recuperação de vegetação.

O valor da compensação foi calculado com base no novo investimento da empresa, que será de R$ 1,9 bilhão a mais do que o previsto no início. Sobre esse valor, foi aplicada a taxa de 0,7%, o que gerou os R$ 13,3 milhões para o fundo ambiental.

Mais celulose, mais cuidados - A Eldorado já tem uma fábrica funcionando em Três Lagoas, com produção de 1,8 milhão de toneladas de celulose por ano. A nova linha de produção ainda não tem data para começar a ser construída, mas já teve o processo de licença adiantado com esse acordo de compensação.

Esse passo só foi possível após o fim de uma disputa judicial entre a Eldorado e sua antiga sócia, a empresa Paper Excellence. O grupo J&F, que é dono da Eldorado, pagou R$ 15 bilhões para comprar as ações da outra empresa e seguir com o projeto.

Três Lagoas e o Vale da Celulose - A região leste de Mato Grosso do Sul ficou conhecida como “Vale da Celulose” porque tem se tornado um grande polo industrial desse setor. Além da Eldorado, outras empresas como Suzano, Arauco (do Chile) e Bracell têm fábricas ou projetos em cidades próximas, como Ribas do Rio Pardo, Inocência e Bataguassu.

Essas indústrias geram empregos, aumentam a economia local e fazem crescer a área plantada de eucalipto no Estado, matéria-prima para produção da celulose. No entanto, todo esse crescimento exige responsabilidade ambiental.

Para onde vai o dinheiro? O Governo do Estado, por meio do Imasul, será responsável por definir onde o dinheiro será aplicado. As regras da compensação ambiental dizem que esse recurso não pode ser usado para pagar salários ou outras despesas da administração pública. Ele deve ir direto para ações que ajudem a preservar o meio ambiente.

Entre as opções estão projetos de reflorestamento, campanhas de educação ambiental, apoio a unidades de conservação e ações para recuperar áreas degradadas.

Equilíbrio entre indústria e natureza - Segundo técnicos do Imasul, esse tipo de compensação é importante para que o crescimento industrial aconteça de forma equilibrada, sem prejudicar o meio ambiente. A ideia é que, quanto maior o impacto da obra, maior deve ser o cuidado para proteger a natureza.

Para o Governo de Mato Grosso do Sul, o pagamento da compensação ambiental é uma oportunidade de reforçar ações em várias regiões do Estado, principalmente onde estão concentradas as fábricas de celulose.

O que vem pela frente - A nova fábrica da Eldorado vai aumentar a produção e gerar mais empregos em Três Lagoas. Mas o compromisso da empresa com o meio ambiente também precisa ser acompanhado de perto. O Imasul vai fiscalizar a aplicação do recurso e exigir que a empresa cumpra todas as regras ambientais.

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