
O Governo de Mato Grosso do Sul confirmou para fevereiro de 2026 a abertura da segunda chamada do PSA Pantanal (Programa de Pagamento por Serviços Ambientais do Bioma Pantanal), voltado à remuneração de produtores rurais que preservam áreas de vegetação nativa além das exigências legais. A iniciativa, considerada uma das mais relevantes políticas ambientais já implementadas no Estado, é coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc) e financiada com recursos do Fundo Clima Pantanal.
Com a nova chamada, o programa reforça sua missão de conciliar produção rural e conservação ambiental no Pantanal, um dos biomas mais sensíveis do Brasil. A previsão é de que as inscrições comecem em 23 de fevereiro de 2026, mesma data de publicação do edital, e sigam até 6 de abril. A expectativa é de ampliar o número de propriedades contempladas, especialmente aquelas que não conseguiram participar da primeira fase.
Como vai funcionar a nova chamada - O cronograma oficial divulgado pela Semadesc detalha todas as etapas do processo. A lista das inscrições deferidas será publicada em 16 de abril, com período de recursos até 20 de abril. A avaliação das propriedades ocorrerá até 1º de junho, e o resultado final sairá em 15 de junho. A partir do dia seguinte, os produtores selecionados poderão assinar os Termos de Adesão ao PSA.
As regras continuam as mesmas da primeira edição, incluindo a exigência de que as áreas estejam localizadas no Bioma Pantanal. Também permanece a possibilidade de cancelamento de autorizações de supressão de vegetação nativa vigentes na data de abertura do edital, quando houver. Os pagamentos serão feitos com base no exercício de 2026.
Mapa das 45 propriedades rurais pantaneiras que foram contempladas no primeiro edital (Imagem: Reprodução)Resultados da primeira chamada - Na primeira edição do PSA Pantanal, encerrada em 2025, foram recebidas 71 inscrições de imóveis rurais. Após análise documental e estudos geoespaciais, 45 propriedades foram habilitadas para o recebimento dos pagamentos, com base no Índice de Serviços Ambientais (ISA), que avalia critérios técnicos como o grau de conservação da vegetação, conectividade entre habitats e importância ambiental da área.
Essas propriedades garantiram a preservação de um total de 126.182,77 hectares de vegetação nativa excedente no bioma sul-mato-grossense. As áreas selecionadas estão distribuídas em diversas regiões do Pantanal, conforme mapeamento técnico elaborado pela Semadesc.
Para o secretário Jaime Verruck, titular da Semadesc, a segunda chamada do PSA reafirma a continuidade de uma política pública estruturada e estratégica. “O PSA é uma política de Estado, construída para ter continuidade e escala. A segunda chamada amplia o alcance do programa e reforça nosso compromisso com a conservação do Pantanal”, destacou.
Além de ser uma alternativa concreta de valorização da biodiversidade, o PSA Pantanal também contribui para o fortalecimento da imagem do Estado como protagonista em políticas ambientais inovadoras, com foco na sustentabilidade e na produção responsável.

