
A diretora-executiva da Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas, Ana Toni, minimizou nesta sexta-feira (14) os protestos realizados por povos indígenas em Belém (PA), que levaram ao reforço da segurança e motivaram o envio de uma carta da ONU cobrando que o governo brasileiro respeitasse protocolos previamente acordados.
“Estamos ouvindo a voz deles, e o Brasil, felizmente, tem uma democracia muito forte, na qual as pessoas podem protestar das mais diversas formas. Estamos nessa fase e provavelmente vamos ouvir os povos indígenas durante todo este processo”, afirmou Toni em coletiva de imprensa.
Mais cedo, ela e o diplomata André Corrêa do Lago foram até a entrada do local onde ocorria o evento para conversar diretamente com lideranças indígenas que se manifestavam.
ONU e governo brasileiro trocam cartas sobre protocolos - Questionada sobre a carta enviada pela ONU, Toni afirmou que existe um fluxo constante de comunicação entre as partes.
“Há cartas indo e vindo entre o Brasil e a ONU sobre diversas questões e desafios. A comunicação é muito fluida, estamos debatendo o tempo todo”, disse.
As manifestações registradas nos últimos dias causaram pequenos danos na entrada do local e deixaram dois seguranças com ferimentos leves. Para Ana Toni, porém, o contexto deve ser entendido como parte de um momento histórico de fortalecimento da voz dos povos tradicionais.
“Vemos tudo o que aconteceu ontem, anteontem e hoje como uma celebração da participação dos povos locais e da importância de ouvi-los”, declarou.

