
Governo de Mato Grosso do Sul decretou nesta segunda-feira (24) situação de emergência para os municípios afetados pelos incêndios florestais, para acelerar as respostas das equipes no combate ao fogo. O decreto facilita o acesso a recursos extraordinários para enfrentar a crise.

O decreto facilita o acesso a recursos extraordinários para enfrentar a crise
Hugo Djan, coordenador-geral da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, explicou que o decreto não especifica municípios, mas cita o S2ID (Sistema Integrado de Informações sobre Desastres). "Todos os municípios que inseriram dados no S2ID poderão acessar recursos da União," afirmou Djan, que é coronel do Corpo de Bombeiros.
O S2ID é utilizado por defesas civis em diferentes níveis para trocar informações e gerenciar processos. "Os prefeitos devem acionar seus coordenadores de Defesa Civil para incluir seus municípios no sistema," destacou Djan.
O próximo passo do governo estadual é obter o reconhecimento federal da situação de emergência e encaminhar um plano de trabalho à União. "Esse plano incluirá solicitações de recursos para apoiar instituições de resposta, como o Corpo de Bombeiros, a PMA (Polícia Militar Ambiental), ONGs e o PrevFogo," acrescentou Djan.
O S2ID é utilizado por defesas civis em diferentes níveis para trocar informações e gerenciar processos
O decreto, assinado pelo governador Eduardo Riedel, tem validade de 180 dias e autoriza a mobilização de todos os órgãos estaduais sob a coordenação da Defesa Civil. Em caso de risco iminente, agentes poderão entrar em propriedades privadas para prestar socorro, evacuar pessoas e usar recursos particulares. Licitações estão dispensadas em casos de emergência, permitindo ações imediatas.
A seca prolongada e o aumento dos focos de calor motivaram o decreto, que visa mitigar os impactos ambientais e econômicos das queimadas, especialmente na agropecuária pantaneira.
Para combater os incêndios, equipes atuam de forma coordenada no ar e no solo, utilizando aeronaves, helicópteros, bombeiros, brigadistas e a colaboração dos pantaneiros. Tecnologia de ponta, como satélites e drones, ajuda a identificar focos de incêndio e direcionar as ações de combate. As operações são organizadas pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI).
