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QUEIMADAS NO PANTANAL

Fogo que castiga Pantanal já atingiu 2 mil focos em região de Corumbá

Nesta terça-feira (21), os trabalhos de combate ao fogo se concentravam na região do Itajiloma, distante 10 km da cidade de Corumbá

21 julho 2020 - 15h00
Queimadas no Pantanal
Queimadas no Pantanal - (Foto: Chico Ribeiro)

Desde o início do ano já foram registrados 2.231 focos de calor em Corumbá, município com área territorial extensa, quase toda do bioma Pantanal. Nesta terça-feira (21), os trabalhos de combate ao fogo se concentravam na região do Itajiloma, distante 10 km da cidade de Corumbá, afirmou o comandante do 3º SubGrupamento dos Bombeiros no município, tenente-coronel Alencar. Mais cedo, o portal A Crítica noticiou que os sete primeiros meses do ano marcou o maior índice de queimadas em 22 anos no Pantanal.

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Foram destacados cinco homens do Corpo de Bombeiros e sete brigadistas do PrevFogo para o combate aos focos mais próximos da área urbana que tem provocado uma nuvem de fumaça sobre a cidade, piorando as condições do ar. O combate se dá em situação precária, afirmou o comandante. Os homens se deslocam de barco até o ponto mais próximo, depois seguem a pé carregando bombas de água nas costas por distâncias longas e atravessando trechos alagadiços.

Só nessa região as chamas já consumiram cerca de mil hectares de vegetação nativa. Outros focos se espalham pela região pantaneira, que nessa época do ano está com farta biomassa e muito propensa a ocorrências dessa natureza. Não é possível determinar a origem do fogo, porém sabe-se que em muitos casos se trata de queimadas para renovação de pastagem ou abertura de novas áreas de lavoura que fogem do controle e acabam virando incêndios de grandes proporções.

Só nessa região as chamas já consumiram cerca de mil hectares de vegetação nativa - (Foto: Divulgação)

Tanto o Ibama quanto o Corpo de Bombeiros de Corumbá já solicitaram o envio de aeronaves para fazer o reconhecimento das áreas, detectar a localização e traçar estratégias para combater os focos de incêndio, assim como para transportar as equipes. O tempo que se gasta para chegar ao local da ocorrência é crucial para o sucesso do trabalho. Atualmente as equipes se deslocam de barco e a pé, e com apoio de um helicóptero esse transporte seria muito mais eficiente e rápido.

No ano passado Mato Grosso do Sul perdeu mais de 1 milhão de hectares de vegetação e também lavouras em incêndios. Foi preciso montar uma verdadeira operação de guerra que contou com apoio de aeronaves e homens do Corpo de Bombeiros de outros estados, além de todo contingente dos bombeiros, PMA e brigadistas particulares.

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