Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul deu início nesta segunda-feira (31) à 17ª edição do Curso de Formação de Conciliadores Judiciais. A capacitação, promovida por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), seguirá com atividades práticas até sexta-feira (4), reunindo participantes interessados em atuar na área da conciliação judicial.
O curso é dividido em duas etapas: uma parte teórica, que introduz conceitos e fundamentos da conciliação, e outra prática, com exercícios simulados e estágio supervisionado. A estrutura segue os critérios estabelecidos pela Resolução nº 125/2010 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que instituiu a Política Judiciária Nacional de Tratamento Adequado dos Conflitos de Interesses.
Durante a abertura, o desembargador José Ale Ahmad Netto, coordenador do Nupemec, ressaltou o papel estratégico que os métodos consensuais de resolução de conflitos têm desempenhado para reduzir a sobrecarga do Judiciário e tornar o processo de resolução de disputas mais ágil e acessível à população.
A formação contempla temas como a história dos métodos consensuais, a distinção entre conciliação e mediação, o papel das emoções no conflito, ferramentas práticas de abordagem e técnicas de escuta ativa, sempre com base em fundamentos jurídicos, psicológicos e sociais. A ideia é capacitar conciliadores com olhar humanizado, sensibilidade às realidades das partes e capacidade de diálogo construtivo.
O curso é ministrado por Cristiana Jeronimo Diniz Junqueira Mendes, instrutora de mediação e conciliação judicial, facilitadora da Justiça Restaurativa, mediadora do próprio TJMS e pós-graduanda em neurociência e desenvolvimento humano aplicado à mediação. Ela traz uma abordagem multidisciplinar, aliando teoria jurídica e práticas voltadas ao desenvolvimento de habilidades relacionais, fundamentais para atuação eficiente nas audiências de conciliação.
O TJMS tem investido, ao longo dos últimos anos, na formação de profissionais capacitados para atuar nos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejuscs), que funcionam como espaços de pacificação e escuta, oferecendo uma alternativa à judicialização de demandas cotidianas, como questões de consumo, vizinhança, pensão alimentícia, entre outras.
