
Justiça de Mato Grosso do Sul avança no compromisso com o meio ambiente e a inclusão. O Tribunal de Justiça do estado (TJMS) alcançou o 11º lugar no Índice de Desempenho da Sustentabilidade (IDS), segundo dados divulgados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na segunda-feira (30), durante a 3ª edição do evento Judiciário Sustentável, em Brasília.

O relatório, que avalia o ano-base de 2024, mostra que o tribunal sul-mato-grossense atingiu 69,9% no índice — resultado que representa a melhor marca desde a criação do indicador e um salto de 15 posições em relação ao ano anterior.
A performance marca uma evolução significativa. Em 2023, o índice registrado havia sido de 60%, com o tribunal ocupando apenas a 26ª colocação. Agora, o TJMS figura entre os 15 melhores tribunais estaduais do país no quesito sustentabilidade.
O IDS é calculado com base em critérios como economia de energia e água, descarte correto de resíduos, inclusão de pessoas com deficiência, equidade de gênero e raça, uso de fontes renováveis e ações de combate à emissão de carbono.
TJMS sobe 15 posições no ranking de sustentabilidade do CNJ e alcança a 11ª colocação entre os tribunais estaduais
Segundo o tribunal, o avanço foi impulsionado por uma série de medidas adotadas desde o início da gestão do presidente Dorival Renato Pavan, com atuação direta da juíza auxiliar Joseliza Alessandra Vanzela Turine.
Entre as ações recentes, destacam-se a eliminação do uso de descartáveis, o incentivo ao uso de materiais sustentáveis, campanhas internas de conscientização e o apoio à realização de eventos como o seminário "A Justiça e os Desafios Socioambientais Contemporâneos", realizado com apoio de cinco instituições parceiras.
Outra frente de atuação foi o reforço em iniciativas voltadas à inclusão e igualdade, com foco em gênero, raça e acessibilidade para pessoas com deficiência.
Desde 2018, quando começou a ser avaliado pelo IDS, o TJMS tem mostrado avanços consistentes. Naquele ano, o tribunal aparecia na 62ª posição geral, com apenas 48% de desempenho. Após oscilações nos anos seguintes, o salto para a 11ª colocação em 2024 marca uma mudança de patamar.
Esse resultado reflete uma mudança de cultura dentro da instituição, com maior envolvimento dos servidores e maior atenção da alta gestão à agenda ambiental.
O TJMS informou que novas ações estão sendo planejadas para os próximos ciclos, incluindo uma nova edição do Desafio Sustentável, voltado à participação dos servidores em práticas ambientais.
A expectativa é de que os índices melhorem ainda mais nas próximas edições do relatório do CNJ, que agora também considera os dados do Programa Justiça Carbono Zero e do Pacto pela Transformação Ecológica, firmado em 2024 por representantes dos Três Poderes.
O Índice de Desempenho da Sustentabilidade é uma das ferramentas de monitoramento do CNJ que mede o impacto socioambiental das atividades dos tribunais brasileiros. Os dados são compilados por meio do Plano de Logística Sustentável (PLS) de cada instituição, enviados regularmente ao CNJ.
Além da divulgação do ranking, o evento Judiciário Sustentável também promoveu a entrega do Prêmio Juízo Verde, que reconhece boas práticas ambientais no Poder Judiciário.
