
Nesta quarta-feira (17 de dezembro), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul realizou sua primeira licitação por meio da plataforma Compras.gov.br. O processo foi conduzido pela Secretaria de Bens e Serviços e marcou a entrada definitiva do Judiciário sul-mato-grossense em um sistema 100% digital de compras públicas.
A iniciativa faz parte de um conjunto de ações adotadas pela atual gestão do tribunal para tornar os procedimentos mais claros, rápidos e acessíveis. A mudança reforça o compromisso do TJMS com a transparência e a boa administração dos recursos públicos.
A plataforma Compras.gov.br, antes conhecida como Comprasnet, existe desde 1997 e vem sendo adotada de forma gradual por diferentes órgãos públicos. Ela permite que todo o processo de licitação ocorra de maneira online, sem custos para os participantes e com um cadastro único de fornecedores.
O primeiro pregão eletrônico realizado pelo TJMS teve como objetivo a compra de climatizadores evaporativos de uso industrial. A condução do processo ficou sob responsabilidade da pregoeira Reynata Brites Torres Schowantz. A expectativa do tribunal é que, ao longo de 2026, outras áreas também passem a utilizar o sistema.
A adoção da plataforma atende a uma resolução do Conselho Nacional de Justiça que determina o uso do Compras.gov.br por todos os tribunais do país. O sistema também está alinhado às regras da nova lei de licitações, que prioriza processos digitais e mais controle sobre as contratações públicas.
Além da fase de compra, a plataforma ajuda no planejamento. Estudos técnicos, termos de referência e análise de riscos passam a ser feitos de forma digital, o que facilita o acompanhamento e a organização das demandas internas.
O sistema ganhou recentemente uma nova ferramenta, chamada Alice. Trata-se de uma inteligência artificial desenvolvida pela Controladoria Geral da União e integrada à plataforma no dia 15 de dezembro. A tecnologia analisa editais e contratos e aponta situações que merecem atenção, como prazos curtos demais, exigências que limitam a concorrência ou preços fora do padrão do mercado.
Segundo o tribunal, o uso da tecnologia ajuda a prevenir falhas e a melhorar a qualidade das contratações. Com processos mais claros e automatizados, o Judiciário busca garantir eficiência administrativa e mais segurança no uso do dinheiro público.

