
Representantes do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) participaram nesta semana, em Brasília, do 1º Simpósio STJ-Interpol, evento que discutiu os desafios da criminalidade contemporânea e estratégias conjuntas de combate ao crime organizado transnacional. Realizado no Superior Tribunal de Justiça (STJ) entre os dias 12 e 13 de junho, o encontro reuniu autoridades do Judiciário, Ministério Público e organismos internacionais.

Estiveram presentes pelo TJMS o desembargador Jairo Roberto de Quadros, o juiz auxiliar da Presidência Thiago Nagasawa Tanaka e o juiz da Vara de Execução Penal de Campo Grande, Albino Coimbra Neto. A juíza Mariel Cavalin, integrante da diretoria da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), também participou.
A proposta do simpósio foi ampliar o diálogo entre o Judiciário brasileiro e a Interpol, principal organização policial internacional do mundo. Durante a cerimônia de abertura, o presidente do STJ, ministro Herman Benjamin, defendeu o fortalecimento das redes de cooperação e a modernização das respostas à criminalidade transnacional.
O evento teve apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da AMB e da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), e reuniu especialistas nacionais e internacionais. Entre os presentes estavam o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
No simpósio, os debates destacaram crimes como tráfico de pessoas, corrupção, mineração ilegal e outras práticas com impacto direto na economia, no meio ambiente e na governança pública. A diretora do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) no Brasil, Elena Abbati, reforçou a necessidade de ações articuladas entre os países para enfrentar essas ameaças.
Compromisso com a segurança e modernização judicial - Segundo o TJMS, a presença de magistrados no evento simboliza o compromisso do Judiciário estadual com temas cruciais para a segurança pública e a justiça criminal, especialmente em um estado de fronteira como Mato Grosso do Sul. O intercâmbio de experiências também contribui para qualificar a atuação dos tribunais diante de crimes de abrangência internacional.
“Para estados como o nosso, que enfrentam desafios diários relacionados a fronteiras e ao tráfico internacional, participar de eventos como este amplia nossa capacidade de atuação e articulação com instituições de outros países”, avaliou um dos magistrados presentes.
