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JUSTIÇA

TJMS analisa mais de 5 mil processos em mutirão nacional de execução penal

Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul participa da primeira edição do mutirão nacional, acelerando análises de prisões e execuções penais

19 agosto 2025 - 15h30Da Redação
Dorival Renato Pavan é o atual presidente do TJMS
Dorival Renato Pavan é o atual presidente do TJMS - (Foto: Arquivo)

Entre 30 de junho e 30 de julho, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) participou da primeira edição do Mutirão Processual Pena Justa, coordenado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A ação revisou de forma intensiva processos criminais e de execução penal em todo o país.

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Os resultados foram enviados ao CNJ em 12 de agosto e mostram que Mato Grosso do Sul obteve avanços significativos na análise e atualização de processos. Foram revisados 5.347 processos, com atenção especial a prisões preventivas de longa duração, casos de mães e responsáveis por crianças, e situações envolvendo o porte de maconha para uso pessoal, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF).

Entre os destaques do mutirão estadual, estão:

1.412 prisões preventivas revisadas, priorizando casos de longa duração e gestantes ou responsáveis por crianças;

287 progressões de regime concedidas;

196 incidentes de execução regularizados no Sistema Eletrônico de Execução Unificado (SEEU);

81 livramentos condicionais deferidos, garantindo reintegração social;

54 prescrições de pena ou extinções de punibilidade reconhecidas.

O desembargador Fernando Paes de Campos, supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário (GMF/MS), destacou:

“A iniciativa é fundamental para garantir que decisões do Supremo Tribunal Federal e diretrizes do CNJ sejam aplicadas de forma uniforme em todo o país. Reforçamos o compromisso do Judiciário sul-mato-grossense com a efetividade da execução penal e a proteção de direitos fundamentais”.

O corregedor-geral de Justiça, desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, complementou:

“Além de assegurar direitos fundamentais, a iniciativa contribui para reduzir a superlotação carcerária e para a construção de um sistema penal mais justo e equilibrado”.

O mutirão estadual envolveu magistrados, servidores, Ministério Público, Defensoria Pública, OAB/MS, Secretaria de Administração Penitenciária e instituições de apoio à pessoa egressa. Com a conclusão da etapa local, os dados foram enviados ao CNJ para compor o relatório nacional, que tem o objetivo de enfrentar as distorções do sistema prisional brasileiro.

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