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JUSTIÇA RESTAURATIVA

TJMS promove círculos de diálogo para fortalecer equipes da saúde em Campo Grande

Encontros conduzidos pela Coordenadoria da Infância e da Juventude aproximam acadêmicos, gestores e profissionais em busca de saúde mental e cultura de paz

12 setembro 2025 - 14h55
Círculo de Diálogo reúne profissionais da saúde, acadêmicos e gestores em Campo Grande, promovendo escuta e acolhimento
Círculo de Diálogo reúne profissionais da saúde, acadêmicos e gestores em Campo Grande, promovendo escuta e acolhimento - Foto: Reprodução
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A Justiça Restaurativa vem ampliando seus espaços de atuação em Mato Grosso do Sul. Em Campo Grande, a equipe de facilitadores da Justiça Restaurativa na Escola, vinculada à Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ) do Tribunal de Justiça de MS (TJMS), sob coordenação da desembargadora Elizabete Anache, realizou na última terça-feira (10) o 2º Círculo de Diálogo voltado a profissionais e acadêmicos da área da saúde.

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O encontro reuniu acadêmicos da Unigran, dos cursos de Psicologia, Enfermagem, Educação Física e Administração, além de integrantes do PET-Saúde Equidade e professores preceptores da universidade. Também participaram gestores da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau).

Ao longo da atividade, os participantes tiveram espaço para compartilhar experiências e preocupações em um ambiente orientado por valores como escuta ativa, não julgamento e sigilo.

“A Justiça Restaurativa tem mostrado resultados expressivos nos espaços de convivência coletiva. Os Círculos de Diálogo permitem enxergar o outro em sua totalidade, reconhecendo necessidades e potencialidades”, afirmou a desembargadora Elizabete Anache.

Ela destacou ainda que o trabalho reforça a missão da Coordenadoria: “É motivo de grande satisfação contribuir com essa prática, ampliando a cultura da paz e da corresponsabilidade em nossa sociedade.”

Integração entre saúde e Justiça Restaurativa

O primeiro encontro ocorreu em 25 de junho, reunindo gestores da Sesau ligados à gestão de pessoas, saúde do trabalhador e responsabilidade técnica, junto a acadêmicos e docentes do PET-Saúde.

A enfermeira Luciane Aparecida Terra, preceptora do PET-Saúde Equidade Unigran/Sesau, foi quem solicitou a realização dos círculos após conhecer a experiência da Justiça Restaurativa com escolas. Para ela, o impacto foi imediato.

“O primeiro encontro foi extremamente profundo e profícuo no sentido de impactos na vida das pessoas e dessas equipes. Percebemos que muito mais pessoas precisavam participar dessa vivência”, relatou.

Segundo Luciane, os círculos trouxeram novas perspectivas para abordar a saúde mental dos trabalhadores da saúde, desde a formação acadêmica até a rotina profissional. “Foi uma esperança de como lidar com os desafios de forma mais humanizada. Pretendemos aplicar essa metodologia em outros grupos e serviços de saúde, ampliando a iniciativa nas próprias unidades.”

Justiça Restaurativa como novo paradigma

A Justiça Restaurativa é definida como um conjunto de técnicas e procedimentos que buscam compreender e tratar as causas relacionais, institucionais e sociais de conflitos e violências. Mais do que um método, trata-se de um novo paradigma baseado no diálogo, na prevenção de conflitos e no fortalecimento de vínculos comunitários.

A experiência em Campo Grande mostra como esse modelo pode ser incorporado também na saúde, ajudando no enfrentamento da violência no trabalho e no apoio à saúde mental de profissionais da área.

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