A conhecida estátua de Thêmis, a Deusa da Justiça, localizada em frente ao Fórum de Campo Grande, no cruzamento das ruas da Paz e 25 de dezembro, será substituída. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) está organizando um concurso para escolher a melhor proposta para um novo monumento que simbolize os ideais de justiça.
Criada pelo artista plástico Cleir, a estátua da Deusa da Justiça foi inaugurada em 2002 e, ao longo dos anos, deteriorou-se devido à exposição ao tempo. Em 2011, passou por um processo de restauração que custou R$ 15 mil. Em 2020, perdeu a faixa que cobria seus olhos, elemento que simboliza a imparcialidade da justiça, e desde então recebeu apenas uma solução temporária para este detalhe.
Sérgio Fernandes Martins, presidente do TJMS, expressou o desejo de que o novo monumento inspire os cidadãos na busca pela justiça e na confiança no Poder Judiciário. Segundo ele, o objetivo do concurso é encontrar um projeto artístico inovador que integre Justiça, Direito e a cultura regional marcante do Mato Grosso do Sul, utilizando materiais de baixa manutenção e alta resistência.
O desembargador Sérgio Martins, presidente do TJMS (Foto: divulgação)
O concurso premiará os três melhores projetos, distribuindo um total de R$ 45 mil em prêmios: R$ 30 mil para o primeiro lugar, R$ 10 mil para o segundo e R$ 5 mil para o terceiro. O custo do projeto vencedor não deverá ultrapassar R$ 100 mil e deverá atender às especificações da fachada do Fórum, com dimensões máximas de 4 metros de altura por 2 de largura.
Não há informações sobre o destino da estátua de bronze original, que já foi objeto de controvérsias, incluindo críticas por ser considerada "voluptuosa". O concurso ainda não tem uma data definida para ser lançado, mas a expectativa é que ocorra até maio.
A seleção dos projetos será feita com base em critérios de originalidade, relação com o entorno imediato, utilização de formas e materiais apropriados e a exequibilidade da obra. Cada critério será pontuado individualmente por cada membro da Comissão Avaliadora. É essencial que o projeto selecionado obtenha, no mínimo, 70% da pontuação máxima possível.
O presidente do Tribunal ressaltou que o regulamento ainda está sendo elaborado e que haverá duas comissões envolvidas no processo: uma Comissão Organizadora e uma Comissão Avaliadora, que incluirá juízes e um artista renomado de Mato Grosso do Sul.
