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30 de setembro de 2025 - 18h50
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NACIONAL

Rapper Oruam deixa presídio em Bangu após decisão do STJ

Filho de Marcinho VP, artista teve prisão revogada após dois meses; ministro apontou argumentos "vagos" na justificativa da detenção

30 setembro 2025 - 16h05Redação
Polícia Civil do Rio rebate campanha de apoio a Oruam, rapper acusado de agredir policiais; defesa alega abuso de autoridade.
Polícia Civil do Rio rebate campanha de apoio a Oruam, rapper acusado de agredir policiais; defesa alega abuso de autoridade. - (Foto: Reprodução)

O rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido como Oruam, deixou o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro, na segunda-feira (29), após ter sua prisão revogada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

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A saída do artista foi registrada por fãs e familiares em redes sociais. Ele aparece sendo ovacionado por uma multidão, subindo em um ônibus e sendo carregado nos ombros do público.

Preso desde julho, Oruam era acusado de tentar impedir uma operação policial em sua residência, na zona oeste do Rio. O episódio gerou forte repercussão nas redes, com defensores apontando suposto abuso de autoridade por parte dos agentes e criminalização da arte e do artista por sua relação familiar com o tráfico.

Decisão judicial apontou falta de fundamentação - Na última sexta-feira (26), o ministro Joel Ilan Paciornik, do STJ, considerou insuficientes os argumentos que sustentaram a prisão preventiva. Segundo a decisão, a custódia cautelar se baseava em “argumentos vagos”, sem elementos concretos para justificar a privação da liberdade do rapper.

Com isso, a prisão foi revogada, e Oruam pôde deixar a Penitenciária Dr. Serrano Neves, onde esteve detido em cela coletiva. A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) reforçou que ele não estava junto a integrantes do Comando Vermelho, diferentemente de rumores divulgados anteriormente.

Entenda o caso - O episódio que levou à prisão do artista ocorreu em 21 de julho, quando agentes da Polícia Civil cumpriam um mandado de busca e apreensão contra um adolescente que saía da residência de Oruam.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Oruam e outros três homens teriam reagido com ameaças, ofensas e pedradas. Um delegado e um oficial de cartório foram atingidos, e uma das pedras, de cerca de 5 quilos, atingiu um dos policiais.

No dia seguinte, o rapper se apresentou às autoridades e teve a prisão decretada pela Justiça. Ele foi denunciado por tentativa de homicídio, lesão corporal, resistência com violência, desacato, ameaça e dano ao patrimônio público.

A defesa do artista alegou desde o início que houve abuso por parte dos policiais e que Oruam estaria sendo criminalizado por sua música e por ser filho de Marcinho VP, liderança do tráfico do Comando Vermelho, atualmente preso.

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