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17 de dezembro de 2025 - 18h34
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VÍNCULOS

Ser pai e mãe vai além do sangue, dizem especialistas em debate do TJMS

Podcast discute novas formas de família e reforça a importância do cuidado e do afeto

17 dezembro 2025 - 16h53
Especialistas participam de gravação do podcast Pod Falar, Criança, do TJMS, que debate família, cuidado e parentalidade além do vínculo biológico.
Especialistas participam de gravação do podcast Pod Falar, Criança, do TJMS, que debate família, cuidado e parentalidade além do vínculo biológico. - (Foto: Reprodução)

Na última segunda-feira (15 de dezembro), o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul levou ao ar mais um episódio do podcast Pod Falar, Criança, transmitido pelo canal oficial da instituição no YouTube. O tema foi família e parentalidade na contemporaneidade, um convite para pensar o que realmente importa na criação de crianças e adolescentes.

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A conversa partiu de uma constatação simples. As famílias mudaram. Hoje, elas podem ser formadas por um só responsável, por casais que se reorganizam após separações, por adoção ou por relações homoafetivas. O formato varia, mas a necessidade das crianças continua a mesma: cuidado, proteção, responsabilidade e afeto.

O episódio foi apresentado por Diogenes Ferracini, assessor técnico da Coordenadoria da Infância e Juventude do TJMS. Ele conduziu o debate com três psicólogos que atuam diretamente na relação entre famílias e o sistema de Justiça.

Fabrício Rodrigues de Andrade, do Ministério Público do Rio de Janeiro, falou sobre como conflitos familiares, rupturas e situações de vulnerabilidade afetam o desenvolvimento de crianças e adolescentes. Beatrice Marinho Paulo, do Núcleo de Apoio Técnico Multidisciplinar do MP do Rio de Janeiro, destacou a importância do sentimento de pertencimento e da segurança emocional no dia a dia familiar.

Representando o Judiciário de Mato Grosso do Sul, a psicóloga Claudia Aguiar Pedroso Bezerra explicou como a escuta qualificada e o trabalho conjunto entre diferentes áreas ajudam o tribunal a tomar decisões que priorizam o melhor interesse da criança e do adolescente.

Ao longo da conversa, os especialistas reforçaram que parentalidade não se resume ao vínculo biológico ou ao nome no registro. Ser pai ou mãe envolve presença cotidiana, cuidado emocional, estabelecimento de limites e compromisso real com o crescimento saudável dos filhos.

O debate também abordou desafios atuais, como o impacto das separações, a reorganização das famílias e a influência das tecnologias nas rotinas de cuidado. Outro ponto discutido foi o peso das desigualdades de gênero na parentalidade, com destaque para a sobrecarga feminina e a ausência paterna ainda comum no país.

Dados citados no programa mostram que essa realidade persiste. Em 2024, mais de 160 mil crianças no Brasil foram registradas sem o nome do pai, segundo o Portal da Transparência do Registro Civil. Para os participantes, o número revela uma cultura que ainda naturaliza a ausência masculina no cuidado diário.

Ao final, o episódio reforça uma ideia central. Afeto e responsabilidade não dependem de gênero, biologia ou formato familiar. Crianças precisam de adultos presentes, dispostos a cuidar e a construir vínculos seguros. Quando essa presença falta, os efeitos podem acompanhar a criança por toda a vida.

O episódio Família e parentalidade na contemporaneidade está disponível na íntegra no canal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul no YouTube, confira:

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