
Na manhã desta quinta-feira (07), a procuradora-geral de Mato Grosso do Sul, Ana Carolina Ali Garcia, voltou aos microfones do Giro Estadual de Notícias — programa transmitido ao vivo em rede para todo o estado, a partir dos estúdios da Central de Jornalismo do Grupo Feitosa de Comunicação. Entre atualizações sobre inovação, equilíbrio fiscal e reforma tributária, um tema se destacou: o uso regulamentado da inteligência artificial na Procuradoria-Geral do Estado (PGMS).

A procuradora explicou, com linguagem direta, que a alta demanda jurídica exige novos métodos, e que a tecnologia, quando bem aplicada, pode facilitar o trabalho dos procuradores sem comprometer a responsabilidade e a revisão humana. “Regulamos o uso da IA para garantir mais eficiência, mas com cuidado. Tudo que é novo exige atenção, e nosso compromisso é com segurança jurídica e serviço público de qualidade”, disse.
A PGMS foi a primeira instituição jurídica do Estado a regulamentar o uso interno da inteligência artificial. O processo foi conduzido por uma comissão técnica e ligado diretamente ao recém-estruturado laboratório de inovação da instituição — que agora funciona como unidade autônoma, com parcerias firmadas com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e com a Fundação de Apoio à Pesquisa (Fundac).
Com uso regulado de IA, PGMS se posiciona como modelo de inovação jurídica no serviço público estadual. (Foto: Lorena Sone)
Mas IA não foi o único tema em pauta. Ana Carolina também comentou a atuação da Procuradoria em processos de concessões e parcerias público-privadas, destacando o papel estratégico da instituição na modelagem jurídica de grandes projetos de infraestrutura, como concessões na área da saúde e rodovias. “A PGMS está dentro do desenho da política pública. Atuamos lado a lado com o gestor para garantir que o resultado chegue à população de forma eficiente e segura”, afirmou.
A entrevista, transmitida também pelas redes sociais do jornal regional e pelo canal do YouTube do grupo, teve cobertura multiplataforma e tratou ainda do impacto da reforma tributária. Ana Carolina, que foi eleita vice-presidente do recém-criado Conselho Nacional da Advocacia Pública Fiscal (Conap), afirmou que a Procuradoria tem atuado para dar voz à realidade fiscal de MS e ao equilíbrio da relação entre Estado e contribuinte. Segundo ela, o novo ambiente jurídico exige menos litigiosidade, mais conformidade e clareza nas regras.
Na reta final da conversa, a procuradora revelou que a PGMS prepara-se para inaugurar sua nova sede institucional, ainda sem data definida, em um espaço próximo ao Bioparque Pantanal, em Campo Grande. A mudança promete centralizar as equipes e melhorar o atendimento à população. “É um marco simbólico. Estamos construindo uma nova fase para a advocacia pública sul-mato-grossense”, resumiu.
