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Em um movimento que reuniu estudantes, autoridades e a comunidade de Anastácio na manhã desta quarta-feira (6), a 2ª Passeata da Paz contra os feminicídios tomou as ruas do centro da cidade com um recado claro: a violência contra a mulher não será mais tolerada. O ato, promovido dentro da campanha Agosto Lilás, destacou a importância da prevenção e do engajamento social no enfrentamento à violência doméstica.
Com faixas, cartazes e músicas que reforçavam a mensagem de resistência e respeito, a mobilização teve início sobre a ponte nova e seguiu até a sede da Prefeitura. O tema deste ano - “Agosto Lilás: Pelo fim dos feminicídios e paz em casa” - foi o fio condutor do evento, que chamou atenção para um dado expressivo: Anastácio não registra casos de feminicídio desde 2023.
O juiz Luciano Pedro Beladelli, da comarca local e idealizador da iniciativa, destacou a força da ação popular na prevenção da violência. “Desde a primeira passeata, a violência diminuiu. É um sinal claro de que a comunidade não aceita mais feminicídios nem qualquer tipo de crime contra as mulheres”, afirmou o magistrado.
Em contraste com a realidade do restante de Mato Grosso do Sul - que já contabiliza 21 feminicídios em 2025 -, o município tem colhido resultados positivos com ações preventivas e de conscientização.
A passeata foi parte do movimento Todos por Elas e contou com a adesão de diferentes setores da sociedade. Participaram estudantes da Escola Estadual Maria Corrêa Dias, integrantes do projeto social Bombeiros do Amanhã, além de representantes da Prefeitura, Câmara Municipal, forças de segurança, Poder Judiciário e entidades civis.
Ao final do percurso, um momento simbólico marcou a solenidade: os nomes das 21 mulheres assassinadas em casos de feminicídio neste ano no Estado foram lidos em homenagem póstuma, reforçando o compromisso com a memória das vítimas e a urgência por mudanças estruturais.
