Na última terça-feira (16 de setembro), em Brasília, o advogado Juliano Tannus recebeu a notícia de que passaria a ocupar uma cadeira na Comissão Nacional de Recuperação Judicial da OAB. O convite veio do presidente da entidade, José Alberto Simonetti, e deu a ele um novo endereço na advocacia brasileira: a sala onde se discutem os rumos de empresas em crise.
A reação em Campo Grande foi imediata. O presidente da OAB/MS, Bitto Pereira, disse que a escolha reconhece o trabalho do conselheiro e reforça a voz da advocacia sul-mato-grossense em Brasília.
Tannus chamou o cargo de “honra” e prometeu dedicação técnica. O tema, segundo ele, tem impacto direto na economia, sobretudo no agronegócio — setor que hoje puxa a economia do Estado.
O caminho até aqui foi longo. Formou-se em Direito pela Uniderp em 2003, fez MBA em Direito Empresarial pela FGV e cursou Direito do Agronegócio pelo Insper. Criou o Tannus Advogados Associados, escritório com mais de uma década de atuação no Centro-Oeste, focado em litígios empresariais e no setor rural.
A vida pública também pesou no currículo. Foi conselheiro estadual da OAB em diferentes mandatos, professor em cursos de pós-graduação e palestrante em congressos. Entrou para a Justiça Eleitoral em 2017, como juiz substituto do TRE-MS, virou membro titular em 2019 e foi reconduzido em 2021. No tribunal, ocupou a Ouvidoria e a direção da Escola Judiciária Eleitoral. Chegou até a cuidar da propaganda eleitoral em tempos de campanha.
Escreveu artigos sobre democracia e direito em portais jurídicos, falou de temas que vão da propaganda na pré-campanha ao home office e participou de oficinas na OAB.
Agora, como integrante da comissão de recuperação judicial, terá a missão de discutir soluções para empresas em dificuldade — um campo em que o direito encontra diretamente a economia.
De juiz eleitoral a advogado de causas empresariais, de colunista jurídico a professor, Tannus atravessa mais uma fronteira. E desta vez, o destino é Brasília.
