
No Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, a quarta-feira, 18 de dezembro, foi marcada por uma decisão que não aparece nas manchetes nacionais, mas que define os rumos de um dos pilares do estado democrático. Em uma cerimônia solene conduzida pelo atual presidente, Desembargador Sérgio Fernandes Martins, os desembargadores elegeram os novos integrantes da administração para o biênio 2025/2026.

No centro da mudança, três nomes com décadas de experiência: Dorival Renato Pavan, que assumirá a presidência, Fernando Mauro Moreira Marinho, vice-presidente eleito, e Ruy Celso Barbosa Florence, o novo corregedor-geral de Justiça.
Em seu discurso, Pavan, com a calma que define seu estilo, reconheceu a responsabilidade e enfatizou o trabalho coletivo: "Vamos promover uma gestão de união entre os desembargadores e juízes de primeiro grau, além de valorizar os servidores, que são a base do funcionamento do Judiciário. Que Deus nos dê força e resiliência para cumprir nossa missão até 2026."
Os aplausos que ecoaram no plenário não foram apenas de formalidade. Havia uma percepção clara de que o novo presidente entende o Judiciário como uma engrenagem que só funciona com todos em sintonia.
Quem é Dorival Renato Pavan? A trajetória de Pavan começou em 1985, quando ingressou na magistratura no Paraná. Depois de passar por cidades como Ribas do Rio Pardo e Corumbá, ele foi promovido a desembargador em 2008. Desde então, ocupou funções estratégicas no TJMS, incluindo a direção da Escola Judicial de MS (Ejud-MS) e a vice-presidência do tribunal no biênio 2023/2024.
Seus pares o descrevem como um magistrado de diálogo fácil e decisões equilibradas. A procuradora de justiça Nilza Gomes da Silva, ao parabenizá-lo, foi direta: “Sua liderança será crucial para o próximo capítulo do Tribunal de Justiça.”
Os desafios do biênio 2025/2026 - A nova gestão assume em 3 de fevereiro de 2025, trazendo consigo a responsabilidade de modernizar o Judiciário e fortalecer a conexão entre magistrados e servidores. Para o vice-presidente eleito, Fernando Mauro Moreira Marinho, natural de Belo Horizonte e juiz desde 1980, a prioridade será garantir que o Judiciário acompanhe as demandas de uma sociedade em transformação.
O corregedor-geral eleito, Ruy Celso Barbosa Florence, completa a tríade. Mestre e doutor em Direito, Florence é reconhecido por sua atuação técnica e por projetos voltados à melhoria da gestão de processos no Judiciário.
O que esperar da nova gestão? A mensagem de Pavan foi clara: o Judiciário deve ser um espaço acessível, eficiente e que valorize o trabalho de seus integrantes. Na prática, isso significa investir em tecnologias que otimizem o fluxo de trabalho e fortalecer o diálogo interno para que juízes e servidores sintam-se parte da construção de um tribunal melhor.
"A sociedade espera de nós respostas rápidas e eficientes. Nosso trabalho é fazer com que a estrutura do tribunal funcione para que a justiça chegue a quem mais precisa" – concluiu o novo presidente, sendo novamente ovacionado pelos colegas.
Com um time experiente e uma abordagem que combina tradição e inovação, a nova gestão do TJMS se prepara para entregar resultados que transcendam a burocracia e reforcem o papel da justiça no estado.
