
Rompimento de uma barragem no loteamento de luxo Nasa Park, em Campo Grande, ocorrido em agosto do ano passado, ainda está sendo investigado pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS). A apuração entrou em nova fase e agora foca nos danos que ainda precisam ser reparados.

O desastre despejou cerca de 693 mil metros cúbicos de água e sedimentos, atingindo quase 15 km do córrego Estaca. A área total impactada passa de 112 hectares, com prejuízos à vegetação, à fauna e à qualidade da água.
Parte dos atingidos já recebeu indenizações por meio de um acordo assinado com o MPMS. Esse acordo também prevê ações para recuperar o meio ambiente na região. Para os casos que ficaram fora desse acerto, houve bloqueio de bens na Justiça, e alguns moradores entraram com ações individuais.
Local onde ficava o lago artificial do loteamento Nasa Park após rompimento da barragem - (Foto: Arquivo)
De acordo com o promotor Gustavo Henrique Bertocco de Souza, responsável pela investigação, o Ministério Público segue firme no trabalho para garantir a reparação dos danos e evitar que situações assim se repitam. “O TAC foi uma etapa importante, mas não encerra nossa atuação. Seguimos apurando os danos coletivos e interinos, com o objetivo de garantir a reparação integral e prevenir novos desastres”, afirma.
Além dos prejuízos já conhecidos, o MPMS também quer entender como ocorreu o rompimento. Entre as possibilidades estão falha na estrutura da barragem, negligência ou até sabotagem. Novos laudos técnicos foram pedidos, e o órgão também está reunindo informações de moradores da área atingida e sobre impactos registrados na BR-163, que fica próxima do local.
