
A construção de um condomínio destinado a abrigar policiais militares, civis e bombeiros em Ribas do Rio Pardo, a 95 km de Campo Grande, virou alvo de investigação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul. A obra, orçada em R$ 1,9 milhão, está abandonada, mesmo com mais de 70% do valor já repassado à construtora.

Segundo o Ministério Público, apenas 20% da estrutura foi executada. O caso está sendo apurado pela 1ª Promotoria de Justiça da cidade, que instaurou um procedimento preparatório para investigar possíveis irregularidades no uso do dinheiro público.
Quem investiga e por quê? - A apuração é conduzida pelo promotor George Zarour Cezar. Ele pediu à Polícia Civil a abertura de inquérito por suspeita de estelionato. A Promotoria também notificou a construtora e requisitou documentos à Prefeitura, à Câmara Municipal e ao Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), que participaram do convênio que viabilizou o projeto.
De acordo com o MPMS, a empresa responsável pelo serviço foi notificada duas vezes pelo Conseg, em setembro de 2024 e maio de 2025, mas não respondeu oficialmente. Informalmente, alegou precisar de mais recursos para continuar a obra, o que foi rejeitado pelas autoridades.
Imagens recentes do local, feitas durante uma diligência do Ministério Público, confirmam que o canteiro de obras está parado e abandonado.
A Promotoria prorrogou o prazo do procedimento por mais um ano, justificando a necessidade de aprofundar a investigação. Entre as medidas em andamento estão oitiva de representantes dos órgãos envolvidos, análise dos contratos assinados, cronogramas de execução e registros de repasses.
Além disso, a Junta Comercial foi acionada para verificar a situação legal da empresa contratada.
