Entre os dias 5 e 7 de agosto, Corumbá sediou a segunda edição da Formação de Facilitadores em Práticas Restaurativas na Escola. A iniciativa, voltada à promoção da cultura de paz no ambiente escolar, é fruto da parceria entre o Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), por meio da Coordenadoria da Infância e da Juventude (CIJ), a Secretaria de Estado de Educação (SED), a Escola Judicial de MS (Ejud-MS) e a Secretaria Municipal de Educação (Semed).
A formação integra o programa Justiça Restaurativa na Escola, desenvolvido a partir de um Acordo de Cooperação Técnica firmado entre o TJMS, a SED, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul e o Município de Corumbá. Desde a adesão ao programa, no início de 2024, a cidade tem investido na implantação dessas práticas nas escolas municipais e agora amplia o alcance com a formação de 50 novos facilitadores.
Conduzido pela instrutora Valquíria Rédua da Silva e pela psicóloga e professora Márcia Alessandra de Souza Sena, facilitadora do programa no TJMS, o curso envolveu profissionais da rede estadual e municipal de ensino, como diretores, coordenadores, professores e técnicos. Também participaram representantes de instituições parceiras, como o IFMS, a UFMS e a APAE.
A capacitação combinou teoria e prática, permitindo aos participantes experimentar os princípios da Justiça Restaurativa e das Práticas Circulares. Os conteúdos incluíram fundamentos conceituais, histórico da Justiça Restaurativa, metodologias de resolução de conflitos e simulações de círculos restaurativos.
Além dos encontros presenciais, os participantes terão atividades práticas e virtuais para complementar a carga horária mínima exigida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Justiça Restaurativa nas escolas - A Justiça Restaurativa é uma abordagem que busca transformar a forma como conflitos são enfrentados nas instituições. Em vez da punição, o foco está no diálogo, na corresponsabilidade e na reparação de danos. No ambiente escolar, a proposta visa fortalecer vínculos, promover a escuta ativa e incentivar relações mais empáticas entre estudantes, educadores e comunidade.
