
Em dezembro de 2018, o Estadão revelou que Queiroz foi citado em um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) por movimentar R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira "atípica", o que arrastou o gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro para o centro de uma investigação do Ministério Público Estadual.

Promotores apontam indícios de que uma organização criminosa foi montada no gabinete de Flávio, o 01 do presidente, para desviar dinheiro dos salários dos funcionários, a chamada. O dinheiro teria sido lavado por meio da compra e da venda de pelo menos 19 imóveis no Rio.
Em abril de 2019, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do seu sigilo fiscal e bancário, do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), e de outras 84 pessoas e 9 empresas entre 2007 e 2018.
Nota do Ministério Público de São Paulo
Na manhã desta quinta-feira (18/6), o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e a Polícia Civil efetuaram a prisão de Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, na cidade de Atibaia. Ele foi encontrado pelo Gaeco, responsável pelos levantamentos no terreno e pela confirmação do alvo da operação, no escritório de um advogado que presta serviços ao parlamentar. Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela Justiça do Rio, a pedido do Grupo de Combate à Corrupção (Gaecc) do Ministério Público daquele Estado, que investiga a participação de Queiroz em um esquema desvio de vencimentos de servidores do gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. A transferência para o Rio ocorrerá ainda hoje.
Nota do Ministério Público do Rio de Janeiro
O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada no Combate à Corrupção (GAECC/MPRJ) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ), e o Ministério Público do Estado de São Paulo, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do (GAECO/MPSP), prenderam, nesta quinta-feira (18/06), Fabrício Queiroz. A Operação Anjo, deflagrada no início da manhã, cumpre ainda outras medidas cautelares autorizadas pela Justiça relacionadas ao inquérito que investiga a chamada 'rachadinha', em que servidores da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) devolveriam parte dos seus vencimentos ao então deputado estadual Flávio Bolsonaro.
Contra outros suspeitos de participação no esquema, o MPRJ obteve na Justiça a decretação de medidas cautelares que incluem busca e apreensão, afastamento da função pública, o comparecimento mensal em Juízo e a proibição de contato com testemunhas. São eles o servidor da Alerj Matheus Azeredo Coutinho; os ex-funcionários da casa legislativa Luiza Paes Souza e Alessandra Esteve Marins; e o advogado Luis Gustavo Botto Maia. / FAUSTO MACEDO, MATHEUS LARA, PEPITA ORTEGA, ELIZABETH LOPES
