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DECISÃO

Justiça mantém em liberdade estudante acusado de matar corredora em acidente na MS-010

João Vitor Vilela, que atropelou e matou Danielle Corrêa em fevereiro, continuará respondendo ao processo fora da prisão, por decisão da 2ª Câmara Criminal

24 junho 2025 - 16h10Carlos Guilherme
João Vitor Vilela seguirá em liberdade enquanto responde por atropelamento que matou corredora em Campo Grande
João Vitor Vilela seguirá em liberdade enquanto responde por atropelamento que matou corredora em Campo Grande - (Foto: Reprodução)

Estudante de medicina acusado de atropelar e matar a corredora Danielle Corrêa de Oliveira, em fevereiro deste ano, João Vitor Fonseca Vilela, 22, seguirá em liberdade. A decisão foi tomada nesta terça-feira (24) pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), durante julgamento de habeas corpus impetrado pela defesa do jovem.

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O relator do caso, juiz Alexandre Corrêa Leite, votou pela manutenção da liminar que já havia sido concedida em 20 de março pelo desembargador Alexandre Branco Pucci, e foi acompanhado pelos demais magistrados da câmara. Com isso, a liberdade de João Vitor foi confirmada.

Ele permaneceu preso por 35 dias antes de obter o habeas corpus que agora foi ratificado em segunda instância.

Em março deste o ano, o advogado criminalista José Roberto Rodrigues da Rosa, responsável pela defesa de João Vitor, já havia argumentado que o estudante possui histórico de “bom aluno e boa família”, o que, segundo ele, reforçaria a ausência de necessidade da prisão preventiva. “Não há elementos que indiquem que ele possa atrapalhar o processo ou oferecer riscos à sociedade”, disse o advogado.

De acordo com denúncia apresentada pelo Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), o atropelamento aconteceu por volta das 6h da manhã do dia 15 de fevereiro na MS-010, quando João Vitor dirigia em zigue-zague e forçava ultrapassagens.

Na ocasião, além de atingir Dani, como era conhecida por amigos, atingiu também Luciana Timóteo da Silva Ferraz, que participava de uma corrida às margens da rodovia.

O MPMS denunciou o estudante por homicídio simples e tentativa de homicídio, ambos supostamente cometidos sob influência de álcool. O órgão ainda sustenta que João Vitor assumiu o risco de causar o acidente, o que configura dolo eventual.

A decisão da 2ª Câmara Criminal mantém o estudante em liberdade, mas o processo segue tramitando normalmente na Justiça. A denúncia formal contra João Vitor já foi aceita, e ele deverá responder às acusações em juízo. Não há, até o momento, previsão para a data de julgamento.

João Vitor, que é natural de Piranhas (GO) e estudava na Faculdade Morgana Potrich (FAMP), em Mineiros (GO), estava em Campo Grande há um mês para um estágio na Santa Casa.

Segundo o boletim de ocorrência, ele apresentava sinais evidentes de embriaguez e usava uma pulseira de um bar da cidade. Dentro do carro, a polícia encontrou bebidas alcoólicas, reforçando a suspeita de consumo antes do acidente. Testemunhas relataram que o veículo fazia zigue-zague na pista antes de atingir a vítima.

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