
O Instituto Aciesp (Instituto de Apoio, Capacitação e Instrução de Economia Solidária do Povo) está construindo um novo prédio em Campo Grande com recursos doados pela Central de Execução de Penas Alternativas (Cepa), vinculada à 2ª Vara de Execução Penal. A obra, orçada em R$ 700 mil, vai ampliar a capacidade de atendimento da instituição, que há quase 15 anos acolhe e capacita mulheres vítimas de violência doméstica e em situação de vulnerabilidade.

A entidade, fundada em 2013, já auxiliou mais de 12 mil mulheres e atualmente atende cerca de 300 beneficiárias. Além de apoio jurídico e psicossocial, o Instituto oferece cursos de corte e costura, informática, gastronomia, confeitaria, panificação, secretariado, entre outras áreas, promovendo geração de renda e empreendedorismo.
O novo prédio terá dois pavimentos, com a primeira etapa prevista para novembro deste ano. O primeiro andar contará com auditório e três salas de aprendizagem em um espaço acessível e sustentável. A construção conta com a mão de obra remunerada de nove reeducandos do regime semiaberto do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira. A segunda fase da obra, referente ao segundo pavimento, deve começar em 2025, com a busca por novos parceiros.
Segundo a presidente e fundadora, Ceureci Ramos, a ampliação representa mais do que infraestrutura. “Nossa missão é acolher mulheres, oferecer capacitação e abrir caminhos para autonomia financeira e dignidade no processo de reconstrução de vida após os traumas sofridos”, destacou.
A Cepa, coordenada pelo juiz Albino Coimbra Neto, destina todos os anos valores arrecadados com penas pecuniárias a projetos de instituições assistenciais de Campo Grande. Para o magistrado, parcerias como esta fortalecem a ligação entre Justiça e sociedade. “Seria bom que as chagas sociais não existissem, mas como existem, cabe ao Judiciário apoiar entidades que desenvolvem um trabalho tão importante”, afirmou.
