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06 de outubro de 2025 - 19h55
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FALTA DE ENERGIA

MP investiga falhas no fornecimento de energia elétrica em assentamento de Brasilândia

Moradores relatam até sete dias sem energia; situação comprometeu conservação de medicamentos e saúde de pacientes

6 outubro 2025 - 17h05Douglas Vieira
MP apura falhas no fornecimento de energia em assentamento rural de Brasilândia após denúncias de até sete dias sem luz
MP apura falhas no fornecimento de energia em assentamento rural de Brasilândia após denúncias de até sete dias sem luz - Foto: Reprodução

Diante de inúmeras reclamações da população, a 1ª Promotoria de Justiça de Brasilândia instaurou um procedimento administrativo para apurar falhas graves no fornecimento de energia elétrica em um assentamento rural do município. A medida do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) foi motivada por denúncias de interrupções prolongadas no serviço, que chegaram a durar até sete dias consecutivos, prejudicando diretamente a vida de moradores, inclusive pacientes que dependem da refrigeração de medicamentos como a insulina.

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A situação foi inicialmente comunicada ao MPMS por meio da Câmara Municipal de Brasilândia, que formalizou as queixas em ofício. Segundo o documento, os cortes no fornecimento de energia têm sido recorrentes e colocam em risco especialmente pessoas com doenças crônicas. A concessionária responsável pelo serviço foi citada como negligente, por não prestar esclarecimentos e não tomar medidas eficazes diante das falhas denunciadas.

Investigação e providências

O Promotor de Justiça Adriano Barrozo da Silva converteu a denúncia em um procedimento administrativo para monitorar as ações da empresa fornecedora de energia e dos órgãos reguladores. Foram expedidos ofícios para a Câmara Municipal e para o Procon local, solicitando informações detalhadas sobre as falhas, as medidas adotadas, e a identificação de moradores diretamente afetados.

Além disso, o Procon foi acionado para realizar fiscalização in loco, elaborar um relatório circunstanciado sobre a situação no assentamento e apresentar as conclusões no prazo de 20 dias. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) também deverá prestar esclarecimentos.

Segundo o MPMS, a apuração visa garantir a responsabilização dos envolvidos e assegurar que medidas efetivas sejam tomadas para restabelecer um serviço de qualidade e contínuo à população da zona rural.

Prejuízos à saúde e à dignidade

As denúncias destacam os impactos diretos da falta de energia na saúde dos moradores. Pacientes diabéticos, por exemplo, dependem de refrigeração constante para armazenar insulina, o que se torna inviável em situações de interrupção prolongada.

Além do risco à saúde, os moradores relatam perda de alimentos, insegurança e dificuldades no cotidiano. Em comunidades mais isoladas, a energia elétrica é essencial não apenas para conforto, mas para garantir condições mínimas de vida digna.

Atuação coordenada

O MPMS também determinou a divulgação de edital e a expedição de ofícios com o objetivo de dar ampla publicidade ao caso e articular a atuação conjunta dos órgãos envolvidos.

A expectativa é de que a mobilização resulte em providências concretas e que o fornecimento de energia seja restabelecido com estabilidade, respeitando os direitos dos moradores da área rural.

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