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02 de novembro de 2025 - 21h44
tce novembro
OPERAÇÃO NO RIO

Moraes determina preservação de provas da megaoperação que deixou 120 mortos no Rio

Ministro do STF ordenou documentação completa dos vestígios da ação policial e marcou audiências com autoridades fluminenses para discutir o caso.

2 novembro 2025 - 14h00Flávia Said
Ministro Alexandre de Moraes determinou a preservação das provas da megaoperação policial no Rio
Ministro Alexandre de Moraes determinou a preservação das provas da megaoperação policial no Rio - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou neste domingo (2) a preservação e documentação rigorosa de todos os elementos materiais relacionados à megaoperação policial realizada no Rio de Janeiro na semana passada, que resultou em pelo menos 120 mortes.

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De acordo com a decisão, o Ministério Público será responsável pelo controle e pela verificação das provas. O governador do estado, Cláudio Castro (PL), deverá ser intimado para garantir o cumprimento da ordem judicial.

Moraes é o relator da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) das Favelas, processo que trata da redução da letalidade policial em comunidades do Rio. A determinação deste domingo atendeu a um pedido da Defensoria Pública da União (DPU).

Audiências no Rio - O ministro estará no Rio de Janeiro nesta segunda-feira (3), onde participará de audiências com autoridades estaduais e municipais para obter informações sobre a operação.

Entre os compromissos, estão reuniões com o governador Cláudio Castro, às 11h, e com o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), às 18h. Os encontros fazem parte da decisão de Moraes, emitida na última quarta-feira (29), que determinou que o governo fluminense preste informações sobre as diretrizes adotadas durante a ação policial.

Além disso, Moraes convocou uma audiência conjunta na próxima quarta-feira (5), às 10h, na Sala da Primeira Turma do STF, com representantes de diversas instituições de direitos humanos, incluindo:

Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH);

Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Alerj;

Instituto Anjos da Liberdade;

Associação Direitos Humanos em Rede – Conectas.

As entidades devem indicar seus representantes até as 15h de terça-feira (4).

Contexto da ADPF das Favelas - Na ADPF das Favelas, o STF fixou, em abril deste ano, regras para operações policiais em comunidades do Rio, com o objetivo de garantir investigações independentes e preservar provas em casos de mortes.

As medidas preveem a preservação de vestígios e perícia efetiva e autônoma em operações com vítimas fatais. À época, o governador Cláudio Castro criticou as determinações, classificando-as como “malditas” e atribuindo a elas o avanço do crime organizado no estado.

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