
O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, intensificou nos últimos dias a agenda diplomática com chefes de Estado e de governo, buscando ampliar o apoio internacional e coordenar ações para encerrar a guerra contra a Rússia. Em publicações no X, ele afirmou que “a comunicação com parceiros é constante” e que estão sendo preparados “os próximos passos alinhados” para uma estratégia conjunta.

Em conversa com o primeiro-ministro do Canadá, Mark Carney, Zelensky destacou que “não podem ser tomadas decisões sobre o futuro da Ucrânia sem a participação do país” e defendeu a manutenção e o reforço das sanções contra Moscou. Para ele, a Rússia “quer apenas ganhar tempo, não acabar com a guerra”, como demonstram os ataques a infraestruturas civis ucranianas.
Zelensky criticou indiretamente a reunião marcada para sexta-feira (15) entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin, no Alasca. O encontro deve ocorrer sem a presença de representantes ucranianos, o que, segundo o líder de Kiev, ignora o princípio de que nenhuma decisão sobre a Ucrânia deve ser tomada sem sua participação.
Com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, Zelensky afirmou que a paz precisa ser “duradoura” e contar com garantias de segurança para a Ucrânia e toda a Europa. Ele agradeceu o apoio saudita e anunciou que equipes dos dois países trabalharão juntas em projetos e iniciativas de cooperação.
Já na conversa com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, o presidente ucraniano agradeceu o suporte às tentativas de mediação e pediu medidas para limitar as exportações de petróleo russo, a fim de reduzir o financiamento da guerra.
Zelensky também manteve contatos com líderes de países europeus. À Suécia, agradeceu o suporte financeiro e militar, e reforçou a importância de “pressionar a Rússia a pôr fim à guerra que iniciou”. Com a Finlândia, tratou da cooperação pela segurança comum.
Em diálogos com Espanha, França, Dinamarca e Reino Unido, ressaltou a urgência de uma “paz verdadeira, justa e duradoura” e a necessidade de “não aceitar imposições russas irreais” durante qualquer tentativa de negociação.
