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Passageiros brasileiros da Azul ficam dias sem assistência após série de cancelamentos na Espanha

Brasileiros relataram fome, abandono e noites sem hotel após falhas em voo da Azul de Madri para Campinas

14 outubro 2025 - 11h49Redação
Passageiros aguardem no chão do aeroporto de Madri
Passageiros aguardem no chão do aeroporto de Madri - (Foto: Gustavo Mársico/Acervo pessoal)

Um grupo de passageiros brasileiros enfrentou dias de incerteza e transtornos em Madri, na Espanha, após o cancelamento sucessivo de voos da Azul Linhas Aéreas com destino ao aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP). A situação, que começou no sábado (11), deixou centenas de pessoas sem assistência adequada, hospedagem ou alimentação.

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O voo AD8755 estava previsto para decolar às 13h45 (horário local) no sábado, mas após quase três horas com os passageiros embarcados, a companhia informou um problema técnico e solicitou o desembarque. A partir daí, foram ao menos quatro cancelamentos e inúmeras queixas por falta de suporte da empresa.

“Ficamos sem resposta, sem hotel, sem comida. Um hotel nos mandou de volta ao aeroporto com um cartaz dizendo que passageiros da Azul não seriam mais recebidos”, relatou o advogado Gustavo Luiz de Faria Mársico, de Ribeirão Preto, que viajava em lua de mel com a esposa, a oftalmologista Fernanda Mársico.

De acordo com o advogado, nem mesmo os funcionários do aeroporto conseguiam prestar informações. Passageiros passaram horas no chão do terminal, sem previsão de retorno ao Brasil. Alguns precisaram dividir alimentos ou pedir ajuda para conseguir dinheiro.

A Azul confirmou o cancelamento do voo e, em nota, alegou "questões técnicas". A empresa afirmou que está oferecendo a assistência prevista pela Resolução 400 da Anac e reacomodando passageiros em outros voos, embora muitos ainda aguardem retorno. “Medidas como essas são necessárias para garantir a segurança das operações”, declarou a companhia.

A experiência de abandono motivou Mársico a acionar judicialmente a empresa. “Foi cruel. Pessoas com dificuldades de locomoção, famílias com crianças, todos sem amparo. Pretendo entrar com ação por danos morais e materiais.”

A realocação dos passageiros tem ocorrido de forma lenta. O advogado conseguiu embarcar apenas na terça-feira (14) em voo da Latam. Outros brasileiros seguem em Madri aguardando nova definição.

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