
Durante sessão legislativa realizada nesta semana em Fátima do Sul, a vereadora Elizagela da Kombis usou a tribuna da Câmara para denunciar o que classificou como comportamento recorrente e inadequado da coordenadora do Pronto Atendimento Municipal (PAM), Selma Palácio. A parlamentar pediu providências da Secretaria Municipal de Saúde diante das diversas reclamações que vem recebendo da população sobre a postura da servidora.
Segundo Elizagela, as queixas não são pontuais e vêm se acumulando ao longo dos últimos meses. Os relatos indicam um padrão de atendimento considerado pouco acolhedor, marcado por grosseria e, em alguns casos, respostas ríspidas a pacientes em situação de vulnerabilidade.
A vereadora citou, como exemplo, o caso de uma mãe que procurou o PAM para desmarcar uma consulta com um neurologista, uma vez que a criança ainda não possuía o laudo necessário. Ao questionar a data do próximo atendimento, a coordenadora teria respondido de forma ríspida:
"Eu não sei nem quando chega a morte, quanto mais o dia que o médico vem atender. Ele vem uma vez por mês. Se ele vier o ano que vem, eu também não sei."
A resposta, segundo a parlamentar, foi repassada diretamente à sua equipe por meio da mãe envolvida no caso. Para Elizagela, esse tipo de abordagem é inaceitável, principalmente diante da fragilidade emocional de quem busca apoio no sistema público de saúde. “Informação pode faltar, mas a falta de educação não”, afirmou.
Elizagela reconheceu a formação técnica da coordenadora, mas destacou que o perfil exigido em cargos de atendimento à população precisa envolver também empatia e acolhimento. Por isso, solicitou formalmente à Secretaria Municipal de Saúde a abertura de apuração sobre os fatos relatados e que avalie, se necessário, a realocação da profissional para uma função que não envolva contato direto com o público.
A vereadora também defendeu a importância de uma conduta mais humanizada no atendimento da saúde pública municipal. “O paciente já chega ao PAM fragilizado. A última coisa que ele precisa ouvir é uma resposta carregada de grosseria ou ironia”, concluiu.
Até o momento, não houve manifestação pública da Secretaria de Saúde ou da servidora mencionada. A reportagem seguirá acompanhando os desdobramentos do caso.


