Campo Grande (MS) aparece com destaque na mais recente pesquisa FipeZAP sobre o mercado imobiliário brasileiro. No levantamento, os bairros Santa Fé e Jardim dos Estados lideram o ranking de valor do metro quadrado na capital, custando, respectivamente, R$ 11.069/m² e R$ 10.469/m².
O top cinco da cidade é completado por Carandá Bosque (R$ 9.291/m²), Mata do Jacinto (R$ 7.562/m²) e Tiradentes (R$ 6.952/m²).
Para o presidente do Secovi-MS, Geraldo Paiva, os números indicam uma Campo Grande em transformação, com novas demandas e padrões de crescimento. “Na região leste, bairros como Maria Aparecida Pedrossian e Chácara dos Poderes crescem com loteamentos fechados e imóveis de alto padrão. Já na região norte, Nova Lima, Mata do Jacinto e parte dos Novos Estados atraem a classe média, tornando-se polos de adensamento populacional. Isso está refletido no Censo e em toda a dinâmica urbana da capital”, afirma.
O dirigente explica que a valorização está ligada ao lançamento de novos empreendimentos, o que movimenta a cadeia da construção civil e gera impacto econômico. “Cada novo empreendimento impulsiona o crescimento urbano de forma ordenada, melhora a infraestrutura e gera empregos. Hoje temos cerca de 77 empreendimentos em comercialização na capital, muitos deles faseados, o que mostra o vigor do setor”, diz Paiva.
Impacto econômico - A construção civil movimenta desde a indústria de materiais, engenharia e arquitetura até o setor financeiro e o comércio local. A estimativa é que, para cada emprego direto no setor, de três a cinco indiretos sejam criados em áreas como comércio de materiais, indústria moveleira, transporte, alimentação e pequenos negócios de bairro.
“Campo Grande está em um ciclo virtuoso. O PIB de Mato Grosso do Sul vem crescendo acima da média nacional, o que atrai novos moradores e investimentos. Mas ainda temos desafios, como a lentidão na aprovação de projetos e o alto custo do financiamento habitacional”, pontua o presidente do sindicato.
Expansão e planejamento - Além dos bairros tradicionais mais valorizados, como Jardim dos Estados, Santa Fé, Carandá Bosque, Chácara Cachoeira e Jardim Autonomista, outras regiões mostram crescimento acelerado, como Vila Cruzeiro, Rita Vieira, Tiradentes e São Francisco — todas com infraestrutura completa e proximidade ao centro.
A expansão horizontal também se intensifica em áreas como Moreninhas, Parque dos Poderes e nas saídas para Três Lagoas e Sidrolândia, com presença de condomínios e loteamentos planejados. “O setor imobiliário é um termômetro da economia local, mas também um instrumento de transformação urbana”, conclui Paiva.
O Secovi-MS mantém o portal Amigos da Cidade Morena (www.amigosdacidademorena.com.br / Instagram: @amigosdacidademorena), espaço que reúne informações sobre o mercado, urbanismo e a vida cultural da capital sul-mato-grossense.
