
Nesta última terçafeira (02 de dezembro), foi realizado em Campo Grande o primeiro seminário da nova rede de Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) de Mato Grosso do Sul. O encontro reuniu representantes de várias universidades, o governo do estado, por meio da secretaria de Ciência e Tecnologia, e parceiros de mercado. O objetivo era claro: levar ideias de laboratório para o mercado.
O seminário marcou um passo importante na consolidação da Rede NITs, criada ao longo de 2025. Segundo o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, o esforço representa “um avanço importante no ecossistema de inovação”. Ele afirmou que unir ciência, tecnologia e mercado é fundamental para transformar conhecimento em soluções reais para a sociedade.
Também participou do evento o secretárioexecutivo de Ciência e Tecnologia, Ricardo Senna, que destacou o papel da rede para fazer a pesquisa sair dos muros das universidades. Ele enfatizou que a articulação entre instituições cria condições para desenvolver tecnologias, gerar competitividade e estimular o desenvolvimento econômico.
A iniciativa conta com o apoio do Sebrae/MS e desde outubro de 2025 os núcleos passam por consultoria técnica. O trabalho incluiu diagnóstico, melhorias na gestão de propriedade intelectual e planejamento para acelerar o licenciamento de patentes. A consultoria será mantida até 2026 com foco na transformação de ideias em produtos e serviços.
Durante o seminário foi anunciada ainda uma parceria entre a Semadesc e a ANBIOTEC Brasil, visando impulsionar projetos de biotecnologia e ampliar o apoio a startups e empresas de base científica no estado. A perspectiva é tornar Mato Grosso do Sul um polo de inovação, onde pesquisa e mercado andam lado a lado.
Para coordenadores dos núcleos universitários, o encontro renovou a esperança de ver pesquisas acadêmicas virando produtos úteis. A gestora da área de inovação da UFMS lembrou que o papel dos NITs é esse: garantir que o conhecimento gere tecnologia, emprego e impacto real.
Com a criação da rede, Mato Grosso do Sul entra agora numa nova fase de ciência aplicada. A expectativa é que, nos próximos meses, algumas das dez patentes em fase final já comecem a sair dos laboratórios e invistam o dia a dia dos sulmatogrossenses.
Rede NITs em MS busca transformar dez patentes em produtos, com apoio da Semadesc e Sebrae.

