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Universidade Columbia fecha acordo de US$ 220 milhões com o governo Trump para restaurar verbas

Acordo inclui pagamento por supostas violações de direitos civis e compromissos para combater o antissemitismo no campus, além da restauração de bolsas de pesquisa

24 julho 2025 - 07h02
Alunos no campus da Universidade de Columbia, na cidade de Nova York
Alunos no campus da Universidade de Columbia, na cidade de Nova York - (Foto: Charly Triballeau/AFP)

A Universidade Columbia, uma das mais renomadas instituições de ensino dos Estados Unidos, fechou um acordo com o governo Trump na quarta-feira, 23, no valor superior a US$ 220 milhões. O acordo visa restaurar as verbas federais de pesquisa da universidade que haviam sido cortadas anteriormente devido a alegações de falha em combater o antissemitismo no campus durante a guerra entre Israel e o Hamas.

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O pagamento será feito ao longo de três anos, com a universidade comprometendo-se a pagar US$ 200 milhões. Além disso, a Columbia se compromete a pagar outros US$ 21 milhões para resolver alegações de violações de direitos civis contra funcionários judeus que ocorreram após o ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023.

Em troca da restauração de centenas de milhões de dólares em bolsas de pesquisa federais, a universidade concordou com uma série de exigências impostas pela administração republicana, incluindo o compromisso de seguir leis que proíbem a consideração de raça nos processos de admissões e contratações. Além disso, a instituição se comprometeu a adotar medidas mais rigorosas para reduzir o antissemitismo em seu campus.

A Universidade Columbia havia enfrentado a ameaça de perder bilhões de dólares em apoio federal, incluindo mais de US$ 400 milhões em bolsas de pesquisa que foram canceladas no início do ano. O governo retirou o financiamento alegando que a instituição não havia tomado medidas suficientes para combater manifestações de antissemitismo no campus, particularmente após o início do conflito entre Israel e o Hamas.

Em resposta, a Columbia concordou em implementar uma série de reformas que incluem a revisão do seu processo disciplinar estudantil e a aplicação de uma definição controversa de antissemitismo, aprovada pelo governo federal, tanto no ensino quanto no comitê disciplinar que investiga estudantes críticos de Israel.

Claire Shipman, presidente interina da universidade, afirmou que o acordo é um "importante passo adiante" após um período de intenso escrutínio federal e incerteza institucional. “Este acordo, embora não envolva a admissão de irregularidades, codifica reformas significativas e preserva a autonomia da universidade”, afirmou Shipman.

A Universidade Columbia é a primeira instituição de ensino a chegar a um acordo formal sobre as alegações de antissemitismo. Harvard, que processou o governo por causa dos cortes em suas verbas, também está negociando a restauração de seus recursos federais. A expectativa é que o acordo com a Columbia sirva como um modelo para outros casos semelhantes, ajudando a determinar a abordagem do governo em relação ao combate ao antissemitismo nas universidades americanas.

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