tjms
EDUCAÇÃO

UEMS destina cotas para travestis, transexuais e transgêneros em MS

Os candidatos aprovados devem apresentar no ato da matrícula, a título de comprovação do direito ao ingresso por essa ação afirmativa

5 julho 2022 - 17h05Da Redação
Sistema de ações afirmativas da UEMS possibilita a reserva de cotas
Sistema de ações afirmativas da UEMS possibilita a reserva de cotas - (Foto: Mariely Barros)

A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) está entre as instituições brasileiras de ensino superior que promovem ações afirmativas para candidatos autodeclarados transexuais, travestis e transgênero. A Pró-Reitoria de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (PROPPI) da Universidade aprovou a destinação de 5% das vagas para candidatos transexuais e travestis nos programas de Pós-Graduação da UEMS. A decisão garante que esses grupos tenham acesso à pós-graduação como incentivo à Visibilidade Trans na comunidade LGBTQIA+ de Mato Grosso do Sul.

Canal WhatsApp

Os candidatos aprovados devem apresentar no ato da matrícula, a título de comprovação do direito ao ingresso por essa ação afirmativa, um documento de autodeclaração, conforme Deliberação nº 306, da Câmara de Pesquisa, Pós-graduação e Inovação (CPPGI) do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE). A Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul destina um total dez vagas para ações afirmativas entre os cursos de Agronomia, Letras, Matemática, Profissional em Educação e Recursos Naturais. A reserva das cotas para esses grupos é de responsabilidade dos cursos contemplados pelo sistema de ações afirmativas.

A professora de Língua Inglesa, Tattiana Alves Prado realiza curso de mestrado em Educação no campus de Paranaíba. Ela descobriu que podia ingressar na Pós-Graduação como cotista transexual por meio de informações compartilhadas por um amigo próximo. “Ele estava se inscrevendo e me incentivou a ingressar, pois as cotas para transexuais sempre ficavam sem candidatos”.

Tattiana Alves Prado explica que começou a se prostituir na adolescência para obter renda, por causa da dificuldade em conseguir um emprego formal. Ela é bolsista do Programa Institucional de Bolsas aos Alunos de Pós-Graduação (PIBAP) e a reserva de vagas para pessoas transexuais e travestis incentivou sua participação no processo seletivo da Pós-Graduação da Universidade Estadual. “Em nenhum momento fiquei com receio das cotas, pelo contrário, me incentivou”.

Assine a Newsletter
Banner Whatsapp Desktop

Deixe seu Comentário

Veja Também

Mais Lidas