
Em 2024, os brasileiros fizeram a mesma quantidade de viagens que no ano anterior: 20,6 milhões. Mas, desta vez, gastaram mais. Segundo o IBGE, o turismo nacional movimentou R$ 22,8 bilhões — um crescimento de 11,7% em relação a 2023.

Mesmo sem aumento no número de viagens, os gastos cresceram. Isso pode significar que viajar ficou mais caro ou que os brasileiros escolheram destinos e experiências mais sofisticadas.
A pesquisa mostra que as viagens de avião aumentaram e superaram o uso de ônibus de linha pela primeira vez. Em 2024, 14,7% das viagens foram feitas de avião, contra 11,9% de ônibus. O carro particular ainda lidera, usado em metade das viagens.
A maioria das viagens foi por lazer (39,8%), especialmente para destinos de praia (44,6%). Também cresceu o interesse por viagens voltadas à cultura e gastronomia, que passaram a representar 24,4% do total — uma alta constante nos últimos anos.
Quem mais viajou foram os brasileiros com maior renda. Famílias com mais de quatro salários mínimos per capita fizeram viagem em 45,7% dos casos. Já entre os mais pobres, que recebem menos de meio salário mínimo por pessoa, só 10,4% viajaram.
A falta de dinheiro foi o principal motivo para não viajar, citado por 24,6 milhões de domicílios. Já entre os que viajaram, a maior parte se hospedou na casa de amigos ou parentes (40,7%), seguida por hotéis e resorts (18,8%).
O Nordeste foi o destino mais caro, com gasto médio de R$ 2.523 por viagem, enquanto Alagoas foi o estado com os maiores gastos por pessoa. Do outro lado, o Distrito Federal liderou nos gastos entre os que viajaram a partir dali: R$ 3.090 em média.
Mesmo com renda média aumentando no Brasil, as viagens ainda são privilégio dos que ganham mais. E, embora a praia ainda seja preferência nacional, cresce o desejo por roteiros mais diversos — e mais caros também.
