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15 de novembro de 2025 - 11h30
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INTERNACIONAL

Trump rompe com Marjorie Taylor Greene após críticas e tensão sobre caso Epstein

Congressista republicana acusa ex-presidente de tentar barrar divulgação de arquivos do escândalo

15 novembro 2025 - 10h00Redação
A congressista Marjorie Taylor Greene discursa ao lado do presidente americano Donald Trump, em Roma, Geórgia
A congressista Marjorie Taylor Greene discursa ao lado do presidente americano Donald Trump, em Roma, Geórgia - (Foto: Eluah Nouvelage/AFP)

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump rompeu publicamente com uma de suas mais fervorosas apoiadoras, a deputada republicana Marjorie Taylor Greene. A tensão entre os dois escalou após críticas da congressista sobre a forma como o ex-presidente tem lidado com o caso Jeffrey Epstein. Na sexta-feira (14), Trump foi direto em sua rede social Truth Social: chamou Marjorie de “maluca” e disse que considera apoiar um nome para enfrentá-la nas eleições legislativas do próximo ano.

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A declaração de Trump é mais um capítulo na crescente crise dentro da ala mais radical do Partido Republicano, e marca o fim de uma aliança que por anos simbolizou o núcleo duro do trumpismo no Congresso.

A relação entre Trump e Marjorie começou a se desgastar nos últimos meses, principalmente após a deputada cobrar a divulgação dos arquivos relacionados ao escândalo de tráfico de menores envolvendo Jeffrey Epstein — figura com histórico de relações com poderosos de Washington, inclusive Trump.

Marjorie reclamou que o ex-presidente não tem dado atenção suficiente às questões domésticas e estaria mais focado em temas internacionais. Em declarações recentes, ela pediu que ele retome o foco no custo de vida e em problemas internos dos EUA.

Trump reagiu com irritação: “Ela virou à esquerda”, afirmou, acrescentando que a deputada apenas reclama e que recebe ligações dela “todos os dias, como uma lunática”.

Marjorie respondeu pelas redes sociais com tom direto. No X (antigo Twitter), acusou Trump de mentir e compartilhou uma suposta mensagem de texto enviada a ele sobre a votação que ocorrerá na próxima semana na Câmara, que pode liberar documentos sigilosos sobre Epstein.

“É realmente espantoso como Trump está lutando arduamente para impedir a divulgação dos arquivos de Epstein, a ponto de me atacar publicamente”, afirmou. A congressista ainda acrescentou que não serve ou venera Trump, e que investiu tempo e dinheiro pessoal na defesa do ex-presidente quando outros republicanos o abandonaram.

A crise entre os dois vem à tona em um momento sensível. Nesta semana, deputados democratas divulgaram uma série de e-mails atribuídos a Jeffrey Epstein. Nos documentos, o empresário afirmava que Trump sabia de seus crimes e teria passado “horas” com uma das vítimas em sua casa. Em outro trecho, Epstein teria dito que Trump pediu à sua cúmplice, Ghislaine Maxwell, que parasse com o aliciamento de meninas.

A Casa Branca reagiu com veemência às revelações, afirmando que são tentativas de difamação. Segundo Karoline Leavitt, porta-voz de Trump, “essas histórias são falsas” e o ex-presidente chegou a expulsar Epstein de seu clube. No entanto, o Comitê de Fiscalização da Câmara disse que os documentos abrem novas dúvidas sobre a ligação entre o magnata e o ex-presidente.

Impacto político e disputa interna - As divergências se acentuaram após as recentes eleições estaduais nos EUA, quando republicanos sofreram derrotas em estados como Virgínia e Nova Jersey. Marjorie aproveitou o momento para questionar as prioridades de Trump, que voltou a focar em viagens e reuniões com líderes estrangeiros. Ela chegou a criticar as recepções a chefes de Estado na Casa Branca, chamando-as de “porta giratória inútil para o povo americano”.

Trump respondeu dizendo que a deputada “perdeu seu rumo” e sugeriu que ela não compreende a importância de sua diplomacia — especialmente com a China, país com forte relação comercial com a Geórgia, estado representado por Marjorie.

Nos bastidores, aliados de Trump afirmam que há pressão para que ele apoie um novo nome nas primárias republicanas da Geórgia, com a missão de derrubar Greene.

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