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INTERNACIONAL

Ordem de Trump amplia uso da Guarda Nacional e gera críticas de autoritarismo

Decreto cria unidades especiais em todos os Estados e autoriza Casa Branca a mobilizá-las mesmo sem aval de governadores.

26 agosto 2025 - 07h29Redação, O Estado de S. Paulo
Membros da Guarda Nacional em Washington, D.C.
Membros da Guarda Nacional em Washington, D.C. - (Foto: REUTERS/Ken Cedeno)
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira, 25, um decreto que amplia o papel do Departamento de Defesa na aplicação da lei dentro do país. A medida inclui a criação de unidades especialmente treinadas da Guarda Nacional em todos os 50 Estados e no Distrito de Columbia, que podem ser mobilizadas rapidamente pela Casa Branca para conter distúrbios civis e garantir “segurança e ordem”.

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Segundo o decreto, a mobilização poderá ocorrer independentemente da autorização de governadores — uma mudança significativa em relação ao modelo tradicional, em que a Guarda Nacional é acionada por autoridades estaduais.

Nem a Casa Branca nem o Pentágono comentaram oficialmente a medida, que surge duas semanas após Trump declarar “emergência criminal” em Washington, D.C. e enviar tropas para a capital, apesar de autoridades locais afirmarem que a cidade registra atualmente baixos índices de criminalidade.

Trump também sugeriu que poderia expandir a mobilização da Guarda Nacional para cidades comandadas por democratas, como Nova York, Chicago e Baltimore, alegando que enfrentam altos níveis de criminalidade.

Na segunda-feira, ele chegou a dizer que poderia “resolver” o problema em Chicago em apenas uma semana, mas evitou confirmar se levará adiante a ação.

O decreto levantou críticas sobre um possível avanço do poder federal sobre as administrações estaduais. Questionado sobre acusações de que estaria agindo como um ditador, Trump rebateu: “Eles dizem: ‘Não precisamos dele. Liberdade, liberdade. É um ditador. É um ditador’. Mas muita gente diz: ‘Talvez gostemos de um ditador’. Não gosto de ditadores. Não sou um ditador.”

Antes de ser reeleito, Trump havia declarado em campanha que planejava ser “um ditador desde o primeiro dia no cargo”, reforçando preocupações de opositores e especialistas em direito constitucional sobre uma escalada autoritária.

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