
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta segunda-feira, 25, um decreto que amplia o papel do Departamento de Defesa na aplicação da lei dentro do país. A medida inclui a criação de unidades especialmente treinadas da Guarda Nacional em todos os 50 Estados e no Distrito de Columbia, que podem ser mobilizadas rapidamente pela Casa Branca para conter distúrbios civis e garantir “segurança e ordem”.

Segundo o decreto, a mobilização poderá ocorrer independentemente da autorização de governadores — uma mudança significativa em relação ao modelo tradicional, em que a Guarda Nacional é acionada por autoridades estaduais.
Nem a Casa Branca nem o Pentágono comentaram oficialmente a medida, que surge duas semanas após Trump declarar “emergência criminal” em Washington, D.C. e enviar tropas para a capital, apesar de autoridades locais afirmarem que a cidade registra atualmente baixos índices de criminalidade.
Trump também sugeriu que poderia expandir a mobilização da Guarda Nacional para cidades comandadas por democratas, como Nova York, Chicago e Baltimore, alegando que enfrentam altos níveis de criminalidade.
Na segunda-feira, ele chegou a dizer que poderia “resolver” o problema em Chicago em apenas uma semana, mas evitou confirmar se levará adiante a ação.
O decreto levantou críticas sobre um possível avanço do poder federal sobre as administrações estaduais. Questionado sobre acusações de que estaria agindo como um ditador, Trump rebateu: “Eles dizem: ‘Não precisamos dele. Liberdade, liberdade. É um ditador. É um ditador’. Mas muita gente diz: ‘Talvez gostemos de um ditador’. Não gosto de ditadores. Não sou um ditador.”
Antes de ser reeleito, Trump havia declarado em campanha que planejava ser “um ditador desde o primeiro dia no cargo”, reforçando preocupações de opositores e especialistas em direito constitucional sobre uma escalada autoritária.
