
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste domingo (30) que conversou por telefone com o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em uma ligação ocorrida no final de semana passado. A confirmação foi feita a repórteres a bordo do Air Force One, durante o retorno de Trump à Washington, após o feriado de Ação de Graças.
“Eu não quero comentar muito. A resposta é sim. Não diria que a ligação foi bem ou mal… foi apenas uma chamada”, disse Trump, segundo a CNN. De acordo com o The New York Times, a conversa abordou a possibilidade de um encontro nos EUA, embora nenhum compromisso tenha sido marcado.
O secretário de Estado americano, Marco Rubio, também participou da chamada. A ligação ocorreu dias antes da decisão do Departamento de Estado de classificar o Cartel de los Soles como organização terrorista estrangeira, grupo que os EUA acusam Maduro de liderar.
O senador republicano Markwayne Mullin afirmou que os EUA sugeriram que Maduro buscasse asilo na Rússia ou outro país, e negou que Trump planeje um ataque à Venezuela. Mullin também explicou que o fechamento do espaço aéreo visa impedir o tráfico de drogas, que continua sendo feito por aviões comerciais e privados.
A Assembleia da Venezuela anunciou a abertura de uma investigação sobre os bombardeios americanos a embarcações no Caribe, que resultaram na morte de pelo menos 83 pessoas. O presidente da Assembleia, Jorge Rodríguez, afirmou que uma comissão de deputados e o Ministério Público vão apurar os supostos crimes cometidos contra venezuelanos e latino-americanos.
O governo venezuelano também repudiou o fechamento do espaço aéreo anunciado por Trump em sua rede social Truth Social. Caracas afirmou que a medida viola princípios do Direito Internacional e constitui uma ameaça explícita de uso da força.
O presidente colombiano Gustavo Petro questionou a medida americana, chamando-a de ilegal, e pediu que companhias aéreas que cumpram o bloqueio sejam multadas. Petro também destacou que há vítimas colombianas nos ataques americanos, reforçando a oposição regional à presença militar dos EUA no Caribe.
