
O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que nenhum representante do governo norte-americano participará da cúpula do G20 na África do Sul, marcada para este ano. A justificativa, segundo ele, é o suposto tratamento abusivo dado a fazendeiros brancos africânderes no país.
Trump classificou como “desgraça total” a realização do encontro em território sul-africano e acusou o governo de Cyril Ramaphosa de permitir violência, mortes e expropriação de terras contra essa minoria branca — formada por descendentes de colonizadores europeus.
Inicialmente, o vice-presidente JD Vance participaria da cúpula no lugar de Trump, mas, segundo fontes próximas ao político, ele também cancelou a viagem. Além disso, o secretário de Estado Marco Rubio já havia boicotado outra reunião do G20 nesta semana, sob alegação de discordância com temas como diversidade e mudanças climáticas.
O governo da África do Sul refutou as acusações, destacando que a população branca ainda detém maior poder econômico no país, mesmo três décadas após o fim do apartheid. O presidente Ramaphosa classificou as falas de Trump como “completamente falsas”.
Apesar da controvérsia, Trump insiste que a África do Sul deveria ser excluída do G20. Ele levantou o tema durante um discurso recente em Miami, em meio a declarações de campanha que têm acentuado o tom nacionalista e protecionista.

