O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta segunda-feira que desconhece a informação divulgada pela Rússia segundo a qual a Ucrânia teria tentado atacar a residência do presidente russo, Vladimir Putin. A declaração foi feita horas antes de uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em sua propriedade de Mar-a-Lago, na Flórida.
Trump disse que conversou mais cedo com Putin e classificou o diálogo como produtivo, em meio a uma nova rodada de esforços diplomáticos para avançar em um possível acordo que encerre a guerra na Ucrânia. Apesar disso, o presidente americano reconheceu que ainda existem pontos sensíveis e questões espinhosas nas negociações com o líder russo.
Os comentários ocorrem em um momento de crescente tensão internacional, após Moscou acusar Kiev de planejar um ataque com drones contra um local ligado ao presidente russo — informação negada pela Ucrânia e agora relativizada pelo próprio Trump.
Além da guerra no Leste Europeu, Trump também abordou a situação no Oriente Médio. Segundo ele, a Casa Branca tenta dar novo impulso ao cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos na Faixa de Gaza, acordo que corre risco de estagnar antes da segunda fase, considerada mais complexa.
O cessar-fogo entre Israel e Hamas, defendido publicamente por Trump, vem sendo em grande parte respeitado, mas sofreu desaceleração nos últimos dias. Israel e o grupo palestino trocam acusações de violações pontuais do acordo. A situação em Gaza e o papel da Turquia na região devem ser temas centrais da conversa entre Trump e Netanyahu.
O presidente americano também comentou brevemente a situação na Venezuela. Segundo Trump, houve uma grande explosão em uma área de cais onde estaria ocorrendo o carregamento de drogas. Ele afirmou ainda que teve uma conversa recente com o presidente venezuelano Nicolás Maduro, mas avaliou que o diálogo não trouxe avanços concretos.
Em relação ao Irã, Trump adotou um tom mais duro. Disse ter recebido informações de que o país estaria tentando se fortalecer novamente no campo nuclear e alertou para uma possível reação dos Estados Unidos. “Apoiarei um ataque rápido se o Irã continuar a se fortalecer nuclearmente”, afirmou.
Antes do encontro, o primeiro-ministro israelense elogiou Trump e afirmou que é uma “bênção” tê-lo à frente dos Estados Unidos e do que chamou de “mundo livre”. A reunião ocorre em meio a negociações delicadas envolvendo segurança regional, conflitos armados e equilíbrio diplomático no cenário internacional.
