O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou apoio oficial ao candidato Tito Asfura, do Partido Nacional, nas eleições presidenciais de Honduras, marcadas para 30 de novembro. Em postagens na rede Truth Social nesta sexta-feira (28), Trump afirmou que a “democracia está em julgamento” e apontou Asfura como o único capaz de conter o avanço da influência de Nicolás Maduro no país.
“Asfura está defendendo a democracia e lutando contra Maduro”, escreveu Trump, ao fazer um paralelo entre o cenário hondurenho e o que chamou de “narcoterrorismo” presente em Cuba, Nicarágua e Venezuela.
Trump sinalizou que, se Asfura vencer, os Estados Unidos manterão relações estreitas com Honduras e fornecerão apoio ao país. “Se ele não vencer, os EUA não desperdiçarão dinheiro”, declarou, criticando possíveis adversários do candidato conservador.
O presidente norte-americano afirmou ainda que os dois podem “trabalhar juntos” para combater o narcotráfico e fortalecer a segurança na região.
A declaração mais polêmica veio em seguida: Trump disse que concederá um “perdão total e completo” ao ex-presidente hondurenho Juan Orlando Hernández, condenado nos EUA por envolvimento com o tráfico de drogas. “Muitas pessoas que respeito dizem que ele foi tratado de forma dura e injusta”, afirmou.
Tito Asfura, também conhecido como “Papi”, foi prefeito da capital Tegucigalpa e tenta recolocar o Partido Nacional no poder, mesmo partido do ex-presidente Hernández.
As eleições ocorrem em um cenário de instabilidade econômica e crescente disputa ideológica, com o país dividido entre uma agenda conservadora e o avanço de lideranças mais próximas da esquerda latino-americana.
As declarações de Trump ocorrem às vésperas da votação e representam um raro gesto público direto do presidente dos EUA em favor de um candidato estrangeiro durante processo eleitoral.
