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VÍDEO: Terremoto de grande magnitude na Rússia aciona alerta de tsunami em vários países do Pacífico

Tremor de 8,8 na Península de Kamchatka gera risco de ondas e força evacuações no Havaí, Alasca, Japão, México e costa oeste dos EUA

30 julho 2025 - 09h45
Imagem do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) mostra região atingida por terremoto no leste da Rússia
Imagem do Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) mostra região atingida por terremoto no leste da Rússia - Foto: Reprodução USGS

Um terremoto de magnitude 8,8 registrado na costa da Rússia na madrugada de quarta-feira (horário local) acendeu o alerta para moradores de diversas regiões banhadas pelo Oceano Pacífico. O tremor ocorreu próximo à Península de Kamchatka e provocou alertas de tsunami em países como Estados Unidos, Japão, México e até regiões insulares do Alasca e do Havaí.

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De acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos, o terremoto é considerado um dos mais potentes dos últimos tempos. Dave Snider, coordenador do Centro Nacional de Alerta de Tsunamis do Alasca, classificou o episódio como “um evento geológico significativo” e “absolutamente notável”.

Além do impacto sísmico, o principal risco agora é o surgimento de ondas com potencial destrutivo, o que levou autoridades de vários países a mobilizar sistemas de emergência e emitir alertas para populações costeiras.

Tsunami: o que é e por que assusta tanto - Tsunamis são ondas provocadas por movimentos bruscos no fundo do mar, geralmente causados por terremotos, erupções vulcânicas ou deslizamentos submarinos. A movimentação repentina da crosta oceânica desloca grandes volumes de água, criando ondas que podem cruzar oceanos inteiros a velocidades equivalentes a um avião comercial.

Essas ondas costumam parecer uma maré que sobe rapidamente, mas seu poder destrutivo é enorme, principalmente quando atingem áreas costeiras rasas. À medida que se aproximam do litoral, diminuem de velocidade e aumentam de altura, o que amplia o risco de inundações.

“Alguns tsunamis são pequenos e quase imperceptíveis. Outros, no entanto, têm força suficiente para devastar comunidades inteiras”, explicou Snider.

O alerta de tsunami foi acionado para o Havaí, Alasca e toda a costa oeste dos Estados Unidos, incluindo regiões da Califórnia, Oregon e Washington. No Canadá, a Colúmbia Britânica também foi colocada em atenção. O Japão, por sua vez, identificou a chegada de ondas nas regiões de Hokkaido, Ibaraki, Chiba e Ishinomaki. No México, a Marinha alertou para ondas entre 30 cm e 1 metro em sua costa.

O Pacific Tsunami Warning Center, com sede em Honolulu, informou que as primeiras ondas atingiriam o Havaí após as 19h (horário local), com possibilidade de danos em todas as ilhas do arquipélago. Sirenes de evacuação foram acionadas em diversas comunidades.

Na Califórnia, a cidade de Crescent City se preparou para ondas de até 1,7 metro, e o estado do Oregon orientou moradores e turistas a evitarem praias, marinas e áreas costeiras. O departamento local de emergências alertou que “correntes perigosas e ondas fortes podem representar risco mesmo em um tsunami de menor escala”.

Evacuações e orientações - Diante da possibilidade de impacto, as autoridades pedem que moradores de áreas de risco se desloquem para regiões mais altas e seguras. No Havaí, por exemplo, a recomendação é que pessoas em zonas de evacuação saiam imediatamente com seus kits de emergência e se afastem de marinas, rios e regiões costeiras.

Em locais com edifícios mais altos, como áreas urbanas, a orientação é subir pelo menos até o quarto andar de prédios com dez andares ou mais. Em algumas comunidades, escolas e centros públicos são usados como pontos de encontro seguros.

Nos EUA, o Serviço Nacional de Meteorologia utiliza três níveis de alerta:

Aviso: tsunami com potencial de causar inundações graves; evacuação recomendada.

Alerta: risco de correntes fortes e ondas perigosas; evitar praias e margens.

Vigilância: possibilidade de tsunami; população deve acompanhar as atualizações.

Ondas com menos de 30 centímetros acima do nível normal foram observadas em Amchitka e Adak, no Alasca, segundo o Centro Nacional de Alerta. No Japão, imagens da TV pública NHK mostraram a chegada de ondas menores em diversas regiões. Em Ishinomaki, uma onda de 50 cm foi registrada.

A expectativa é que os impactos se espalhem por várias horas ou até mais de um dia em áreas como as Ilhas Aleutas, onde vivem cerca de 70 pessoas. Autoridades locais seguem monitorando o avanço das ondas e reforçam os pedidos de precaução.

Tsunami pode levar horas para cruzar o oceano - O tempo que uma onda leva para atingir a costa depende da distância em relação ao epicentro do terremoto. Regiões próximas podem ser atingidas em poucos minutos, enquanto áreas mais distantes, como o Havaí ou a costa oeste americana, podem sentir os efeitos horas depois.

A profundidade do oceano também influencia: quanto mais profundo o mar, mais rápido as ondas se movem. Em águas rasas, a velocidade diminui, mas o volume da onda cresce, o que amplia o potencial destrutivo.

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