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INCLUSÃO

Comunidades indígenas de Dourados terão acesso a especialistas por teleconsulta

Projeto do HU-UFGD com apoio da Fundect levará atendimento em psiquiatria, cardiologia e endocrinologia às aldeias Jaguapiru e Bororó

6 outubro 2025 - 16h39Redação
Unidade de saúde da aldeia Bororó, em Dourados (MS), que recebeu os novos equipamentos do projeto de telessaúde do HU-UFGD.
Unidade de saúde da aldeia Bororó, em Dourados (MS), que recebeu os novos equipamentos do projeto de telessaúde do HU-UFGD. - Foto: Divulgação

O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), integrante da Rede Ebserh, concluiu a entrega dos equipamentos que vão permitir o início do projeto de telessaúde nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados (MS). A iniciativa, apoiada pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), recebeu investimento de R$ 80 mil e tem como meta oferecer atendimento especializado sem a necessidade de deslocamento até a cidade.

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Os equipamentos de informática e conectividade já foram instalados nas unidades de saúde das duas aldeias, que formam a Reserva Indígena de Dourados. Com isso, as comunidades poderão contar com suporte remoto de psiquiatras, cardiologistas e endocrinologistas do HU-UFGD.

Equipamentos de informática e conectividade entregues pelo HU-UFGD para viabilizar o atendimento por teleconsulta nas aldeias indígenas.

Segundo o gerente de Ensino e Pesquisa do hospital, Thiago Pauluzi, o projeto funcionará de forma integrada entre os profissionais que atuam nas aldeias e as equipes especializadas. “Nós mapeamos as especialidades mais necessárias para a comunidade indígena. O médico local fará o atendimento, e, em caso de dúvida, poderá discutir o caso com os especialistas do hospital por videoconferência, garantindo diagnóstico e tratamento adequados”, explicou.

A médica Lutiana Lobo Benites Villamaior, que atende na unidade da aldeia Bororó, destacou o impacto da ação. “Essa distância até a cidade interfere muito no atendimento. Com a telemedicina, o paciente vai poder ser atendido na aldeia, com menos espera e mais resolutividade”, afirmou.

Profissional de saúde em treinamento para uso dos novos sistemas de telessaúde que conectarão as aldeias indígenas ao Hospital Universitário da UFGD.

A liderança indígena Alex Rodrigues Cavalheiro comemorou o avanço. “É uma grande conquista para as aldeias Jaguapiru e Bororó. Estamos felizes com essa parceria, que vai melhorar a saúde da nossa comunidade”, disse.

O representante do Polo Base da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Adalberto Araújo Corrêa, reforçou o benefício coletivo da ação. “A telessaúde vai ajudar tanto os profissionais quanto os pacientes. É um ganho para todos”, declarou.

De acordo com Pauluzi, a próxima etapa será a capacitação das equipes locais para o uso das ferramentas e técnicas de telemedicina. “Depois do treinamento, o atendimento será expandido de forma mais ampla e contínua”, concluiu.

Com o projeto, o HU-UFGD reforça seu compromisso com a promoção da equidade em saúde e a valorização da diversidade cultural, unindo tecnologia e cuidado humanizado nas comunidades indígenas de Dourados.

Computadores e monitores entregues às unidades de saúde das aldeias Jaguapiru e Bororó para implantação do projeto de telessaúde.
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