
O Hospital Universitário da Universidade Federal da Grande Dourados (HU-UFGD), integrante da Rede Ebserh, concluiu a entrega dos equipamentos que vão permitir o início do projeto de telessaúde nas aldeias Jaguapiru e Bororó, em Dourados (MS). A iniciativa, apoiada pela Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect), recebeu investimento de R$ 80 mil e tem como meta oferecer atendimento especializado sem a necessidade de deslocamento até a cidade.

Os equipamentos de informática e conectividade já foram instalados nas unidades de saúde das duas aldeias, que formam a Reserva Indígena de Dourados. Com isso, as comunidades poderão contar com suporte remoto de psiquiatras, cardiologistas e endocrinologistas do HU-UFGD.

Segundo o gerente de Ensino e Pesquisa do hospital, Thiago Pauluzi, o projeto funcionará de forma integrada entre os profissionais que atuam nas aldeias e as equipes especializadas. “Nós mapeamos as especialidades mais necessárias para a comunidade indígena. O médico local fará o atendimento, e, em caso de dúvida, poderá discutir o caso com os especialistas do hospital por videoconferência, garantindo diagnóstico e tratamento adequados”, explicou.
A médica Lutiana Lobo Benites Villamaior, que atende na unidade da aldeia Bororó, destacou o impacto da ação. “Essa distância até a cidade interfere muito no atendimento. Com a telemedicina, o paciente vai poder ser atendido na aldeia, com menos espera e mais resolutividade”, afirmou.

A liderança indígena Alex Rodrigues Cavalheiro comemorou o avanço. “É uma grande conquista para as aldeias Jaguapiru e Bororó. Estamos felizes com essa parceria, que vai melhorar a saúde da nossa comunidade”, disse.
O representante do Polo Base da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), Adalberto Araújo Corrêa, reforçou o benefício coletivo da ação. “A telessaúde vai ajudar tanto os profissionais quanto os pacientes. É um ganho para todos”, declarou.
De acordo com Pauluzi, a próxima etapa será a capacitação das equipes locais para o uso das ferramentas e técnicas de telemedicina. “Depois do treinamento, o atendimento será expandido de forma mais ampla e contínua”, concluiu.
Com o projeto, o HU-UFGD reforça seu compromisso com a promoção da equidade em saúde e a valorização da diversidade cultural, unindo tecnologia e cuidado humanizado nas comunidades indígenas de Dourados.

